O FC Porto fez saber que vai recorrer da decisão da UEFA, que excluiu os dragões da Liga dos Campeões. Ouvido pela TSF, Pôncio Monteiro, do Conselho Superior do clube, denunciou que existem interesses escondidos na decisão da UEFA.
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O FC Porto informou, esta quarta-feira, que vai recorrer da decisão da UEFA, que excluiu o clube da Liga dos Campeões, por ter sido condenado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) por dois actos de tentativa de corrupção.
Em declarações à TSF, Pôncio Monteiro, membro do Conselho Superior do FC Porto, lamentou a decisão da UEFA, afirmando que não existe «um tratamento igual para todos».
«Os processos não são todos analisados da mesma maneira o que é manifestamente mau e é pena que seja assim, porque descredibiliza», adiantou, denunciando a existência de interesses escondidos na decisão da UEFA.
«Manda quem pode e obedece quem deve. Há aqui outros interesses escondidos porque quando se prejudica um beneficiam-se outros», mas vamos «esperar que a resolução seja tomada em definitivo», disse.
Pôncio Monteiro adiantou que esta decisão «vem dar a ideia de que se quer ir à Liga dos Campeões, mesmo que seja à custa de outras coisas e não de ganhar a posição no respectivo campeonato».
Para já o clube avança para o comité de recursos da UEFA, tem três dias para o fazer e ficará a saber da decisão no máximo seis dias depois. Se a decisão não lhe for favorável, o Porto pode em seguida apelar para o Tribunal Arbitral do Desporto, em Lausanne.
Em declarações à TSF, João Nogueira da Rocha, que é membro deste tribunal, diz que a decisão sobre os recursos para essa instância demoram entre quatro a seis meses. No entanto, sublinha o jurista português, o Porto pode recorrer a um expediente que permita uma aceleração do processo.
João Nogueira da Rocha diz ainda que se o recurso do Porto nesta última instância for tratado com rapidez e caso o tribunal atenda aos argumentos do clube, os azuis e brancos ainda têm hipóteses de vir a estar na Liga dos Campeões 2008-2009.