Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abre processo de inquérito contra os encarnados, com base na decisão do Ministério Público, no âmbito do processo e-toupeira.
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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou esta quarta-feira a instauração de um processo de inquérito, com base num comunicado judicial, depois de o Ministério Público (MP) ter divulgado a acusação do processo "e-toupeira".
"Instaurado processo de inquérito, por decisão do presidente do CD, de 05 de setembro de 2018, com base em comunicado de autoridade judiciária e notícias na comunicação social. O processo foi enviado, hoje, à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, mantendo-se em segredo até ao fim do inquérito", lê-se no comunicado do órgão disciplinar da FPF.
Na terça-feira, o MP acusou dois funcionários judiciais, a SAD do Benfica e um seu colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso "e-toupeira".
Segundo a informação disponibilizada no sítio da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) na Internet, o MP "requereu o julgamento em tribunal coletivo por factos apurados no âmbito do inquérito referente aos acessos ao sistema CITIUS", conhecido por "e-toupeira".
Este processo envolve o assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, que foi constituído arguido.
O Benfica reagiu em comunicado à acusação, prometendo "desmontar" as "absurdas e injustificadas imputações".
"Mantemos a firmeza e clareza da nossa posição, anunciada logo que foi dado conhecimento público desta situação, quanto à inexistência de factos que justifiquem qualquer acusação no âmbito deste processo", lê-se no comunicado dos 'encarnados'.