Federação Portuguesa de Atletismo. Domingos Castro exige eleições "justas" e "democráticas" e avança com providência cautelar
A candidatura do antigo atleta foi excluída devido a alegadas irregularidades na entrega de cartões de cidadão
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Domingos Castro considera que a exclusão da sua candidatura às eleições da Federação Portuguesa de Atletismo é "lamentável", esperando que sejam anuladas. O sufrágio está marcado para o próximo sábado e há duas listas validadas.
O motivo invocado para a reprovação da Lista B deve-se ao alegado atraso na entrega de cartões de cidadão. Em declarações à TSF, o antigo vice-campeão do mundo dos 5000 metros lamenta a situação e refere que tudo foi feito "dentro do prazo".
A formalização da candidatura aconteceu a 12 de setembro. Depois disso, a Mesa da Assembleia Geral Eleitoral argumenta que, tal como as de Paulo Bernardo e Fernando Tavares, a de Domingos Castro terá sido notificada a 25 de setembro para a entrega dos cartões de cidadão num prazo de três dias. A documentação só foi atualizada a 1 de outubro.
O ex-atleta entende que a referência temporal deve ser o dia 28, a data limite para a entrega das listas. A Mesa da Assembleia Geral Eleitoral não aceitou a reclamação e, por isso, Domingos Castro quer impugnar as eleições.
Considerando que este processo demonstra que "há coisas que precisam de ser mudadas" na federação, adianta que foi entregue um documento, assinado por 21 das 28 associações distritais e regionais, a exigir a anulação do sufrágio. "Querem que as eleições sejam justas e democráticas, com todos os intervenientes", vinca.
Paralelamente e com o mesmo objetivo, a lista de Domingos Castro, que se apresenta sob o tema "Movimento em Mudança", interpôs, esta quarta-feira, uma providência cautelar no Tribunal Arbitral do Desporto e no Tribunal Central Administrativo do Sul.
Resta saber se a resposta surge antes de sábado, dia para o qual estão marcadas as eleições. Paulo Bernardo e Fernando Tavares, atuais vice-presidentes, lideram as duas candidaturas aprovadas. Após 12 anos no cargo, devido ao limite de mandatos, Jorge Vieira deixa a liderança do organismo.
