Já lá vão 20 anos. Numa noite quente de agosto o país vibrou com o título olímpico conquistado por Fernanda Ribeiro nos 10 000 metros. A atleta diz que tem saudades.
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"A 400 metros da meta a chinesa fugiu e eu pensei que era segunda e, de um momento para outro, pensei que ainda podia chegar a primeiro". E chegou. Com uma ponta final memorável, Fernanda Ribeiro conquistava nos Jogos Olímpicos de Atlanta a medalha de ouro nos 10 000 metros. Estávamos em 1996.
À conversa com a TSF, a antiga atleta revela que de vez em quando revê essas imagens e o que lhe desperta "é saudade". O símbolo maior desse título é guardado pela mãe, nas palavras de Fernanda Ribeiro, " a pessoa que mais valor dá às medalhas" conquistadas ao longo da carreira.
O atletismo profissional já é coisa do passado, mas a corrida continua a fazer parte da vida da antiga atleta olímpica. Fernanda corre "praticamente todos os dias" entre "9 e 10 km". Distâncias inferiores às corridas pelos portugueses que esta semana partem para o Rio de Janeiro.
Um momento único na vida de um atleta sublinha a antiga corredora do Futebol Clube do Porto. "Para muitos já não é a primeira vez mas para aqueles que é a primeira vez é uma coisa que nunca vão esquecer".
E que expectativa para esta participação portuguesa? "As medalhas não se ganham no supermercado. Somos candidatos a medalhas no atletismo, na vela, no judo...acho que podemos ganhar medalhas mas não é fácil".
Numa semana marcada pela morte do professor Moniz Pereira, Fernanda Ribeiro recorda o antigo selecionador nacional como uma pessoa importante na carreira, com quem aprendeu muito. Por exemplo "a chegar a horas, seja ao treino, seja a reuniões". Recorda ainda o professor como "uma pessoa sempre alegre" "confiante e "muito brincalhona".