Oito anos depois, o técnico sai da seleção com um Europeu e uma Liga das Nações no palmarés.
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O treinador Fernando Santos deixou, esta quinta-feira, o cargo de selecionador nacional de futebol depois da eliminação de Portugal frente a Marrocos, no Mundial 2022.
Em conferência de imprensa no final do jogo, Santos tinha garantido que a questão de apresentar a demissão "nem se colocava", adiantando apenas que ia falar com o líder da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, quando voltassem a Portugal.
"Sempre falámos sobre este assunto. Estou aqui desde 2014 e sempre falámos do assunto naturalmente, sem essas questões de demissões, que isso não faz parte do meu léxico nem do do presidente", disse, então, aos jornalistas.
"Depois de qualquer competição, eu e o presidente falamos, abordamos o assunto e pensamos no que vamos fazer. Quando regressarmos a Portugal, com serenidade e com tempo, vamos conversar outra vez e ver qual a análise que fazemos", explicou.
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Oito anos, um Euro e uma Liga das Nações
O percurso de Fernando Santos na seleção portuguesa começou em 2014, quando rendeu Paulo Bento na liderança da equipa nacional.
Depois de quatro anos a treinar a seleção grega, Santos regressava ao futebol nacional sete anos depois da última passagem por Portugal, então ao serviço do Benfica.
Com uma carreira técnica que passou também por Estoril Praia, Estrela da Amadora, FC Porto, AEK Atenas, Panathinaikos e PAOK, o agora ex-selecionador português deixa um legado de vitórias, mas também de críticas na equipa nacional.
Em 2016, conduziu Portugal à conquista do Euro 2016, num torneio em que os portugueses, extremamente pragmáticos, preferiram sempre a solidez defensiva ao brilharete ofensivo.
Três anos depois, conduziria a equipa nacional à conquista da primeira edição da Liga das Nações, numa final que foi disputada em Portugal. Pelo meio, no Mundial de 2018, Portugal não passou dos oitavos de final do Mundial disputado na Rússia, sendo eliminado pelo Uruguai.
Agora, em 2022, chegou ao Mundial depois de ter sido preciso disputar um play-off de acesso com Turquia e Macedónia do Norte. O percurso na fase de grupos contou com vitórias sobre Gana e Uruguai, mas a seleção acabou por perder na terceira jornada do grupo frente à Coreia do Sul, de Paulo Bento.
Foi nos oitavos de final que tudo começou a mudar: Portugal goleou a Suíça por 6-1, mas Cristiano Ronaldo foi, depois de quase duas décadas de seleção, relegado para o banco de suplentes.
Este sábado, frente a Marrocos, a aposta repetiu-se, mas o resultado não: Portugal foi derrotado por 1-0 e saiu do Mundial nos quartos de final.
Notícia atualizada às 18h12