"Sou um portista. Sempre gostei do FC Porto e sempre tive um carinho pelo FC Porto". As palavras são de Carlos Chaínho, ex-jogador de futebol e entrevistado do Entrelinhas.
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Carlos Chaínho é conhecido do futebol português por ter feito parte da equipa do FC Porto que se tornou pentacampeã em 1999, mas passou por clubes como Casa Pia, Estrela da Amadora, Panathinaikos, Saragoça, Maritimo, Nacional da Madeira, Alki (Chipre) ou Busher.
Depois de pendurar as botas passou para os treinos, mas neste momento está sem clube. O principal objetivo é ser treinador principal de uma equipa e, para isso, estudou vários idiomas, o que considera uma ferramenta fundamental para fazer uma boa carreira a nível internacional.
A passagem pelo FC Porto foi o "ponto mais alto" da carreira. É um sentimento que não se esquece. "Sou um portista. Sempre gostei do FC Porto e sempre tive um carinho pelo FC Porto", garante, contando que o filho é fanático pelos Dragões.
O FC Porto foi um dos clubes onde se cruzou com Fernando Santos, tal como o Estrela da Amadora e o Panathinaikos. "Fernando Santos é o meu pai no futebol", diz com orgulho. "Cumprimento-o sempre com beijinhos", brinca.
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Do Irão à Grécia, passando pelo Chipre. Chaínho recorda experiências felizes, nomeadamente as aprendizagens de valores bem diferentes dos portugueses. A Grécia está no topo da sua lista de preferências. Um "país fantástico", onde é "apaixonado pela música" e onde o povo "é brilhante".
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Quando chegou apercebeu-se das grandes condições do clube e estranhou o autocarro que "parecia da II Guerra Mundial". Explicaram-se que tinha a ver com os adeptos e apedrejamentos e veio mais tarde a perceber que as rivalidades eram enormes. "A minha mulher só foi uma vez ao estádio", conta.
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Voltando às quatro linhas, Chaínho colocaria Deco no topo das suas preferências enquanto jogadores com que partilhou o balneário. Mas não só. Drulovic, Jardel, Aloísio, Jorge Costa, Rebelo são outras escolhas.
O futebol não deixou de fazer parte da sua vida por ter pendurado as botas. Juntamente com alguns craques joga na equipa de veteranos "Biqueiras de Aço" e acompanha o mundo do futebol ao pormenor e opina sobre a forma como a modalidade evoluiu.
"O futebol é uma arte fantástica que está sempre a melhorar e a evoluir. As pessoas estão a estragar um pouco. Melhorou-se em muita coisa, mas o lado da essência e da facilidade tem de ser ensinado. O futebol é simples e bonito", frisa, acrescentando que a linguagem transmitida aos mais novos é muito técnica e não ajuda à beleza.
Em relação à Seleção Nacional e ao objetivo de conquista do Mundial2018, Chaínho brinca: "Somos um alvo a abater, temos de ir devagarinho, não falar muito. Malandro que é malandro não estrilha, muda de esquina".
Para além do futebol, é também apaixonado por música e pintura. Já pintou vários quadros e está a aprender a tocar guitarra Já consegue tocar o tema "Dunas" dos GNR e "Jardins Proibidos" de Paulo Gonzo.
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