A França como justo vencedor do mundial, a reação dos portugueses e uma equipa que não funciona como uma caderneta de cromos, segundo Fernando Santos.
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Fernando Santos assume que a presença nos oitavos de final foi um objetivo aquém do esperado pelo grupo de trabalho. O primeiro objetivo era a passagem na fase de grupos, mas a seleção e o selecionador esperavam mais do que ficar pelos oitavos de final.
"Não podemos dizer que conseguimos aquilo que ambicionávamos, porque não conseguimos. Disse antes de partir que o objetivo mínimo era passar a fase de grupos, mas obviamente que a nossa perspetiva era diferente", sublinha Fernando Santos.
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Na apresentação dos novos patrocinadores das seleções masculina e feminina de futebol, Fernando Santos acrescentou ainda ter ficado surpreendido com a reação dos adeptos portugueses depois do campeonato do mundo. "A primeira vez que me abordaram na rua pensei assim, bem, vão-me dizer "que chatice, não chegamos lá, não fomos campeões", mas não, deram-me antes os parabéns", indica.
Sobre o desfecho do torneio, Fernando Santos fala de uma vitória merecida do selecionador. "Vi a final, não como muita vontade, mas vi. Ganha sempre quem merece, e quem mereceu foi a França. Errou menos e por isso é um justo vencedor".
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Numa conversa com a modelo Sara Sampaio, promovida pela Federação Portuguesa de Futebol, e sem direito a questões dos jornalistas, o seleção nacional falou ainda sobre o futuro imediato da seleção. O selecionador explica que a prioridade passa agora por preparar os jogos de setembro, começando pelo jogo amigável frente à Croácia, a 6 de setembro. Um jogo que acontece antes da estreia na Liga das Nações, onde Portugal defronta a Itália.
Diz Fernando Santos que a renovação da equipa portuguesa vai acontecer de forma natural e progressiva, e recorreu a uma imagem da infância: a seleção não funciona como uma caderneta de cromos, sugere. "Não há caras novas, as coisas não funcionam assim. Não são como aquelas cadernetas, em que havia a coleção de 1966, 1968, 1970... há apenas evolução normal das equipas", remata o selecionador.
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"O Europeu de 2020 é apenas em julho de 2020. Só aí vamos pensar detalhadamente nessa fase final", sublinha Fernando Santos. "Se olharmos para há três anos restam quatro ou cinco jogadores. Vamos trabalhar para continuar a ter uma seleção muito forte, uma seleção que em 33 jogos só perdeu três. Se continuaremos com esses números ainda vamos ter grandes alegrias"