Já Maradona e Romário aplaudem a detenção de sete dirigentes da FIFA. Maradona diz que a FIFA odeia o futebol e a transparência e chama de ladrões os dirigentes da instituição.
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O português Luís Figo afirmou que hoje é um dos piores dias da história da FIFA e que é um erro seguir com as eleições para a presidência do organismo, reiterando que estas não são livres.
"Para quem gosta de futebol e quem o sente como eu, o dia 27 de maio deverá ser lembrado como um dos piores da história da FIFA. Tal como disse na semana passada, volto a afirmar que o que está programado para sexta-feira em Zurique não é uma eleição», escreveu o jogador nas redes sociais, num dia em que foram detidos vários dirigentes e ex-dirigentes da FIFA por suspeitas de corrupção.
Figo reforçou ideia manifestada na semana passada, quando desistiu da corrida à presidência do organismo por considerar que o ato eleitoral não era livre, mas um "plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem", referindo-se ao atual presidente, o suíço Joseph Blatter.
Por seu turno, os antigos futebolistas Diego Maradona e Romário congratularam-se com a prisão de sete dirigentes da FIFA, considerando que o organismo tem muitos "ladrões" que pouco fazem a bem do futebol.
"A FIFA odeia o futebol e a transparência", acusou Maradona, um dos maiores críticos da instituição, que está a "desfrutar" da investigação aberta pela justiça norte-americana sobre corrupção e lavagem de dinheiro na FIFA, até porque nos últimos anos foi "tratado como um louco" pelas suas denúncias e entende que "hoje foi dita a verdade".
"Hoje não há futebol. Não há transparência. Chega de mentir às pessoas e de fazer um 'show' para reeleger Blatter", disse o ex-jogador, de 54 anos, esperançado de que o suíço seja intimado a ir aos Estados Unidos dar explicações.
Já Romário, que agora é senador no Rio de Janeiro, defende que "o lugar dos ladrões é na prisão".
"Muitos corruptos e ladrões que fizeram mal ao futebol foram presos", congratulou-se, inclusivamente pelo facto de a justiça ter detido José Maria Marin, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, e do seu vice-presidente, no seu entender algo que indicia "o começo de algo bom para o futebol".
Romário disse ainda esperar que Joseph Blatter não seja reeleito para um quinto mandato na FIFA: "Acho que alguma coisa vai mudar, porque há uma expectativa, pelo menos da minha parte, para que Blatter também seja preso. Podemos ter pessoas dignas como líderes".