O aval já foi dado, por parte da FIM, da Dorna (empresa que detém os direitos comerciais do MotoGP) e do organizador, e até o Governo já se manifestou.
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O presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) disse à Lusa que só falta o Governo de Portugal "assinar por baixo" para que o MotoGP se realize em 2022 em Portimão, e a secretaria de Estado do Turismo já respondeu.
"A possibilidade de realização em Portugal do Campeonato Mundial de Motovelocidade, MotoGP, o mais antigo Campeonato do Mundo de desportos motorizados, tem sido trabalhada pelo Autódromo Internacional do Algarve, em parceria com a Secretária de Estado do Turismo, por via do Turismo de Portugal", refere o mesmo gabinete em comunicado enviado à redação da TSF.
O Governo mostra-se assim "disponível para participar numa solução conjunta que permita a realização de grandes eventos internacionais, nomeadamente através do fundo de captação de congressos e grandes eventos gerido pelo Turismo de Portugal", mas considera essencial concretizar esta manifestação de interesse através de candidatura ao dito fundo. Apenas nessa altura serão "analisadas as condições para definição do envolvimento de cada parte".
"Há um pré-acordo com o autódromo de Portimão, agora falta o Governo, como se costuma dizer, assinar por baixo", afirmava à Lusa em Sepang, Malásia, no final da prova do Grande Prémio da Malásia de MotoGP.
Garantindo que "toda a gente quer ir a Portugal", o português acrescentou que o aval já foi dado, por parte da FIM, da Dorna (empresa que detém os direitos comerciais do MotoGP) e do organizador, faltando apenas a confirmação por parte do Governo.
"São contratos que custam dinheiro para trazer o espetáculo a qualquer país e agora falta assegurar o financiamento para, pelo menos, três grandes prémios", sublinhou Jorge Viegas, acrescentando que a ideia da Dorna é que pelo menos três provas possam ser realizadas em Portugal, em cinco anos, a partir de 2022.
O presidente da FIM não descartou a possibilidade de em 2020 ou 2021 o GP voltar a Portugal: "Se houver alguma desistência é Portimão que entra."
O Estoril, disse, "é público que também quer" o MotoGP depois de 2021. A solução, neste caso, era passar a haver "uma rotação entre Superbike e MotoGP" entre a freguesia de Cascais e a cidade algarvia.
"Este era o figurino que mais me agradava, porque aí teríamos sempre corridas de topo nos dois circuitos", frisou, ressalvando, contudo, que "isso é algo que Portimão e o Estoril têm de combinar entre eles".