O presidente da Associação de Treinadores de Boxe, António Ramalho, não ficou conquistado pelo mérito deste tipo de combates. O espetáculo rende milhões, mas não é a melhor forma de promover o boxe.
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À partida o encontro de dois campeões de artes com regras muito diferentes prometia um grande espetáculo. António Ramalho acompanhou os 10 assaltos com interesse, mas diz que não ficou conquistado pelos méritos destes tipos de frente-a-frente.
O presidente da Associação Nacional de Treinadores de Boxe considera que este tipo de iniciativas nem são o melhor contributo para a divulgação da modalidade.
Mas apesar desta avaliação crítica, António Ramalho considera que o combate teve bons motivos de interesse, acrescenta que a "estrela" das artes marciais mistas levava a lição bem estudada.
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Connor McGregor sobreviveu 10 assaltos e mostrou que para brilhar no ringue precisava de mais uns tempos de treino a sério.
Floyd Mayweather mostrou que é invencível e conquistada mais esta vitória anunciou que não aceitará mais desafios... chegou o dia da reforma.
Para estar na primeira fila, alguns espetadores pagaram 102 mil dólares (85 mil euros). As receitas televisivas, os contratos de patrocínio e a bilheteira - que rendeu 80 milhões de dólares, segundo Mayweather - deverão ultrapassar os 700 milhões de dólares gerados em 2015 pelo 'combate do século' entre Mayweather e Manny Pacquiao, que viria a ser uma desilusão.
Os 'bookmakers' também fizerem um grande negócio, já que nunca um combate de boxe tinha gerado tantas apostas, com algumas a atingirem o milhão de dólares (838 mil euros) para um ganho final de 200 mil (167 mil euros).