A França conquistou hoje a primeira medalha da sua história em Mundiais de basquetebol, ao vencer a Lituânia por apenas dois pontos (95-93) no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares.
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Apesar da ausência de Tony Parker, o seu maestro na conquista do título no EuroBasket2013, que optou por não estar no Mundial, a seleção francesa sai de Madrid com o bronze, o melhor resultado da história em Campeonatos do Mundo (até agora, prevalecia o quarto posto de 1954).
Nicolas Batum, autor de 27 pontos, foi o grande impulsionador do triunfo, com os franceses a superarem a fadiga da meia-final disputada na noite anterior com a Sérvia para baterem os lituanos, que tiveram mais um dia de descanso depois de perderem com os Estados Unidos.
A imprecisão inicial da Lituânia foi bem aproveitada pelos franceses, que viram Jonas Valanciunas, autor de 25 pontos, igualar o marcador a 7-7, antes de Batum entrar em velocidade cruzeiro para garantir que a França chegasse ao final do primeiro quarto a vencer por 22-19.
Com a responsabilidade de lutar por uma medalha mundial, as duas seleções tentaram minimizar erros e explorar os seus pontos fortes: os franceses continuaram a recorrer a Batum, Boris Diaw e Antoine Diot no ataque, enquanto os lituanos encontravam a resposta na velocidade de Martinas Pocius, com o encontro a chegar ao intervalo completamente equilibrado (43-42).
Jonas Kazlauskas, selecionador dos lituanos, voltou a apostar na fortaleza física de Donatas Montiejunas para fazer dupla com Valanciunas e o marcador recompensou-o de imediato (46-50, aos 22 minutos).
Do duelo Batum (19 pontos no final do terceiro quarto) e Valanciunas (18) saiu vencedor na terceira parte o conjunto lituano, devido à aparição de Renaldas Seibutis que anotou nove pontos quase seguidos para fixar o marcador em 64-71.
A Lituânia parecia definitivamente lançada para a medalha, mas a França, apostada em não ceder mais terreno, lutou por cada bola para igualar a 75-75 a seis minutos do final, altura em que a ansiedade, o nervosismo e o medo de falhar fizeram com que o resultado não sofresse alteração nos dois minutos seguintes.
Foi a França que quebrou o "enguiço" e, graças ao seu aproveitamento dos lances livres e à ausência de erros no seu jogo, acabou por impor-se por 95-93 para levar o bronze e mostrar que a sua qualidade vai além da sua estrela maior Tony Parker.