Fraude mal-cheirosa: grande-mestre xadrezista apanhado a fazer batota na retrete
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No torneio do Dubai o adversário de Gaioz Nigalidze suspeitou do tempo e da quantidade de vezes que o grande mestre estava a ir à casa de banho. Às tantas fez queixa e o campeão da Geórgia foi apanhado de calças em baixo e com o telemóvel na mão. Fez batota e acabou expulso.
Só depois dos protestos do adversário é que os organizadores do torneio decidiram agir. Na casa de banho encontraram um telemóvel que o bi-campeão georgiano tinha escondido. Quando consultaram o smartphone viram que o xadrezista caído em desgraça estava a ir às redes sociais e a utilizar uma app onde eram analisadas as jogadas da partida.
A organização conta que o telemóvel estava escondido no balde de lixo coberto por papel higiénico.
A partida decorreu no sábado, o anúncio da expulsão do torneio foi feito no domingo através do Facebook. O Clube de Cultura e xadrez do Dubai publicou também uma fotografia do telemóvel e de um papel onde o grande mestre apontava as jogadas. «Quando confrontado Nigalidze negou que o telemóvel fosse dele» disseram ainda os organizadores.
Ao Daily Telegraph o xadrezista arménio Petrosian explica como começou a suspeitar do adversário dizendo que «ele respondia sempre muito rapidamente às minhas jogadas e depois ia literalmente a correr para a casa de banho. A dada altura reparei que ele ia sempre à mesma retrete e achei isso estranho porque as outras duas estavam sempre livres».
Com esta batota mal-cheirosa Gaioz Nigalidze pode ser suspenso por quinze anos.