Foi o primeiro dos sete candidatos a formalizar a candidatura ao clube de Alvalade e diz levar vantagem por conhecer os cantos à casa. Frederico Varandas, o médico que quer curar o Sporting.
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O último dos candidatos à presidência do Sporting a ser ouvido pela TSF tem como missão unir o clube em torno de oito pilares com oito medidas cada. Pretende um SCP líder no futebol, eclético ímpar no mundo, dar máxima relevância aos sócios que considera a família do clube, vivacidade nos núcleos, estabilidade financeira, ativar património por explorar e transformar o Sporting numa marca universal com registo solidário. Por fim, dá voz ao lema de "zero suspeição".
Aos microfones da TSF, afirma que é preponderante profissionalizar a área de scouting e trazer jogadores de qualidade para o clube, dizendo que para isso há muitas formas e "engenharias possíveis".
Em relação à formação diz não querer implementar uma academia militar dentro da academia do Sporting, mas terão que existir regras no futuro que não se verificam neste momento. A disciplina é a base para crescer e recuperar a hegemonia na formação de atletas.
"Não existem clubes em Portugal que se possam dar ao luxo de não vender jogadores", daí a importância de formar bem para continuar no comboio da frente, adianta.
Será a competência a salvar o clube, pois não se pode dar ao luxo de perder terreno para os eternos rivais. Este ano ter-se-á que lidar com uma diferença de 70 milhões - devido à não presença na Liga dos Campeões - e isso "poderá ser desastroso para o presente e futuro". Se até aqui a décalage poderia ser resolvida com uma boa gestão, daqui para a frente nem o melhor gestor do mundo salvará o Sporting se o clube não se qualificar para a Liga dos Campeões.
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Se chegar a presidente não irá para o banco, defendendo que esse é um lugar reservado a todos os profissionais que têm influência no decorrer da partida. Confia em José Peseiro para orientar os destinos da equipa, mas não deixa de ter saudades de Jorge Jesus e de realçar a qualidade de Leonardo Jardim.
Quanto às eleições que aí vêm, ressalva que é amigo de João Benedito, pessoa que respeita pela humanidade, mas que não o deixa tranquilo se vier a ser presidente dos verde e brancos.
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Sabe, por ter sentido na pele, o que foi o último mês ao serviço do Sporting, fazendo a analogia com a saída de um comboio em andamento. "Saí da minha carruagem de funcionário e tentei alcançar a casa das máquinas para parar um comboio que se ia destruir". Quanto à crítica por parte de Dias Ferreira, que o acusou de desertor, conclui que há uma diferença entre desertar e salvar.
Afirma-se como um candidato com coragem para o que aí vem e não serão as ameaças - que recebe diariamente - que o farão demover da ideia de transformar o clube que ama numa potência nacional e internacional.
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Frederico Varandas tem 38 anos e chegou ao Sporting para substituir Gomes Pereira. No entanto, a primeira experiência ao nível do futebol passou pelo Vitória de Setúbal entre 2007 e 2011.
Militar de carreira, teve de abandonar o clube para integrar uma campanha no Afeganistão.
Sportinguista desde que se lembra, chegou a integrar a JUVE LEO, foi atleta do Sporting e sempre se assumiu como apoiante ferrenho dos "leões". No que diz respeito ao clube verde e branco, o candidato deixa um aviso: "ser sportinguista não pode ser argumento para entrar no clube, é preciso acima de tudo ser competente. Mas sentir o clube é uma mais-valia".