Na antecipação para o Clássico, a TSF foi à Barbearia Garrett, junto aos Aliados no Porto, onde José Maria Pedroto era cliente assíduo.
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"O Porto vai ganhar à Luz, não tenha dúvidas." A frase, dita por Acácio Branco traz o peso de quem jogou e vê futebol há mais de 70 anos. "Eu vinha de Rio Tinto a pé, com 12 anos, para o estádio das Antas. Descia à Levada, Bouça do Moleiro, Fábrica do Cobre, Contumil, Amarais, Antas", recorda.
Lá nas Antas, no tempo de Artur Baeta, quase ficava para jogar mas o aprendiz de barbeiro teve de optar entre a bola e a tesoura. "Se for ali a Campanhã e perguntar pelo Puskas, eles diziam que eu era o Puskas".
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O Puskas de Campanhã nunca passou dos pelados amadores mas o senhor Branco, adepto do Futebol Clube do Porto e de futebol andou por tudo quanto era campo. E é dessa experiência que não tem dúvidas que o Porto vai ganhar à Luz no domingo. Uma certeza igual à que teve em Viena, em 1987.
"Até apostei com o senhor Pinto da agência de viagens que o Porto ia ganhar. Apostei um jantar. Mas depois no meio da festa fomos por ali abaixo na bancada e nunca mais o vi".
No domingo na Luz o Porto ganha com golos de Marega ou André Pereira. "O Porto começou mal mas vai ao sítio", diz-nos o senhor Branco que conheceu as principais figuras do Porto nas décadas de 60 e 70. "Conheci tudo aqui. Era Barriganas, era Atracas, era Almeidas, era Paulas, era Pintos..."
Nesse Universo, Pedroto, que explorava um café do outro lado da rua e cortava o cabelo ali na Garrett, tinha um lugar especial.
"Era meu cliente desde que veio para aqui", através dele "conheci essa malta toda, diz-nos o senhor Branco que já vai aos estádios mas não perde nada do que se passa nos campos. "Vejo pela televisão. Mas sem som!"