
Metro São Paulo
Reuters/Damir Sagolj
Em causa está a greve dos trabalhadores do metropolitano da cidade que decidiram prolongar o protesto apesar do tribunal ter declarado a ação de greve ilegal.
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O governador da cidade de São Paulo, Geraldo Alckmin, fez hoje um ultimato aos trabalhadores do metro da cidade que estão em greve há quatro dias: ou se apresentam hoje ao trabalho ou serão despedidos.
O prolongamento do protesto foi decidido domingo, numa assembleia dos funcionários do metropolitano de São Paulo, apesar de o Tribunal do Trabalho de São Paulo ter considerado a greve abusiva por não respeitar uma decisão anterior, que obrigava os trabalhadores a garantir 100% de circulação nas horas de ponta e 70% nos restantes horários.
O tribunal determinou ainda o pagamento por parte do sindicato de uma multa de 100 mil reais (cerca de 32.600 euros) diários pela paralisação, devendo o dinheiro ser entregue a um hospital de São Paulo.
Perante a decisão do tribunal e a resposta dos trabalhadores, Geraldo Alckmin, lembrou que a questão da greve já não tem discussão possível, «é totalmente ilegal». «O TRT definiu o índice do dissídio e a proposta adotada foi a do Metrô. Então, não tem o que discutir», disse.
Entretanto, esta manhã, a polícia usou gás lacrimogéneo para afastar um grupo de manifestantes que estavam a bloquear uma das principais artérias da cidade de São Paulo, em apoio à greve dos trabalhadores do metro.
Apesar do ambiente tenso que ainda se vive nas ruas, o pior já terá passado, segundo Tiago Marcelino. O director do sindicato dos funcionários do metro respondeu ao governador dizendo que a luta não acabou.
À TSF, o sindicalista dá conta do medo dos trabalhadores em voltar ao local de trabalho e recorda os momentos de crispação esta manhã e as ordens do governador para a polícia actuar de forma violenta.
Os sindicalistas contestam a política interna no metro de São Paulo e dizem que a distribuição de lucros é tudo menos justa.
Hoje há uma nova reunião para decidir o fim do protesto. Os metroviários dizem que tudo depende do governador.
A greve no metropolitano dura há quatro dias, um embaraço na cidade que na quinta-feira serve de palco ao arranque do campeonato do mundo, com o jogo Brasil-Croácia.
A greve no metropolitano dura há quatro dias, um embaraço na cidade que na quinta-feira serve de palco ao arranque do campeonato do mundo, com o jogo Brasil-Croácia.