Olsi Rama, irmão do primeiro-ministro albanês, Edi Rama, foi detido em Belgrado, acusado organizar o incidente que causou a interrupção do jogo de futebol Sérvia-Albânia, de qualificação para o Euro2016.
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De acordo com a televisão oficial sérvia (RTS), que cita o Ministério do Interior, era Olsi Rama que telecomandava, a partir de um camarote oficial do estádio do Partizan, o "drone" que sobrevoou o relvado com uma bandeira alusiva à denominada "Grande Albânia" e que provocou confrontos envolvendo jogadores das duas equipas e adeptos sérvios.
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O incidente, que levou o árbitro a interromper o encontro ao minuto 42, com 0-0 no marcador, aconteceu oito dias antes da visita oficial do primeiro-ministro albanês a Belgrado, a primeira em 68 anos, numa altura em que os dois estados mantêm relações tensas, devido a diferendos históricos e recentes.
A UEFA anunciou depois a interrupção definitiva do encontro, afirmando que «as circunstâncias serão relatadas à Comissão de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA».
Na segunda-feira, a federação sérvia, com o acordo da federação albanesa, decidiu que o encontro não seria presenciado por adeptos albaneses, por razões de segurança, ficando também acordado que não haveria seguidores sérvios no encontro a realizar na Albânia.
O Kosovo, ex-província sérvia de população maioritariamente albanesa, proclamou unilateralmente a sua independência em fevereiro de 2008. De alguns setores de Belgrado surgiram denúncias de um projeto visando a criação de uma "Grande Albânia", reunindo as comunidades albanesas da Albânia, do Kosovo, do Montenegro, da Macedónia e do sul da Sérvia.
Segundo a AFP, a interrupção abrupta do encontro foi celebrada por cerca de 5.000 kosovares albaneses que se tinham reunido para assistir ao encontro em Pristina.