Se a metrópole turca for escolhida será a primeira vez na História que um país muçulmano organiza a competição. A escolha será feita pelo Comité Olímpico este sábado.
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Istambul, onde o Oriente encontra o Ocidente. A cidade espera ganhar o direito de sediar as Olimpíadas de verão de 2020 sob o slogan - "Bridge Together", jogo de palavras em inglês que pode significar criar "pontes para unir.
Se a metrópole turca for escolhida será a primeira vez na História que um país muçulmano organiza a competição.
Há muito em jogo nesta candidatura, não apenas para Istambul mas também para toda a Turquia.
Após quatro tentativas sem sucesso, a candidatura da cidade até estava bem posicionada e era encarada com algum favoritismo. Mas isto foi antes da contestação ao governo turco ter saído para as ruas e dos vários problemas relacionados com o doping.
Mas Istambul enfrenta também outros problemas.
A cidade tem uma população de 15 milhões de pessoas que passa horas incontáveis presa ao caótico tráfego. As autoridades prometeram reduzir os congestionamentos criando quatro grandes áreas de dispersão para os Jogos ao longo do Bósforo.
O Governo local está também a trabalhar na construção de uma terceira ponte, no aumento das linhas do metro e em um novo aeroporto.
Madrid e Tóquio são as outras duas cidades que competem pela organização dos Jogos Olímpicos de 20120 e surgem como favoritas numa lista final que vai a votos este sábado, pelo Comité Olímpico.
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Se Madrid ganhar, Espanha organizará os primeiros Jogos desde Barcelona 1992. Se a escolha recair sobre Tóquio, é o regresso dos Jogos ao Japão depois de Nagano 1998.
Muitos analistas acreditam que os protestos no Rio de Janeiro contra o gasto em instalações desportivas, em vez de obras sociais, possam levar o Comité Olímpico Internacional a pensar duas vezes antes de escolher outro país emergente.
Perante os obstáculos, Istambul tem uma carta na manga para superar Madrid e Tóquio: o multiculturalismo. A sorte está lançada...