Kirani James foi o grande protagonista da jornada dos Mundiais de atletismo, ao alcançar o ouro nos 400 metros, derrotando sobre a meta LaShawn Merrit, campeão cessante e detentor do título olímpico.
Corpo do artigo
Em Daegu, na Coreia do Sul, uma das outras figuras do dia, mas pela negativa, foi a russa Elena Isinbayeva que não foi além do sexto lugar na final do salto com vara.
Kirani James, da ilha de Granada, sagrou-se campeão do mundo com a sua melhor marca de sempre (44,60 segundos), deixando Merrit - regressado de uma suspensão por doping -, a três centésimas de segundo.
O atleta do Caribe tornou-se o mais jovem campeão planetário nos 400 metros, com 18 anos e 354 dias, sendo apenas batido em toda a história de mundiais pelo queniano Ismael Kiranui, que em 1983 venceu o título mundial dos 5.000 metros com 18 anos e 177 dias.
No salto com vara, a brasileira Fabiana Muhrer, juntou o título de ar livre ao de pista coberta, numa final em que a grande figura era a russa Elena Isinbayeva, bicampeã olímpica, campeã do Mundo em 2005 e 2007 e recordista mundial.
Fabiana Muhrer, que relegou a anterior campeã mundial - a polaca Anna Rogowska - para a 10.ª posição -, entrou para a história, dando ao Brasil o seu primeiro ouro em mundiais de ar livre.
Isinbayeva voltou a desiludir, tal como sucedeu em 2009 nos Mundiais de Berlim, não indo além do 8.º lugar, com a marca de 4,65 metros, depois de falhar um ensaio a 4,75 e dois a 4,80. A russa saltou menos 20 centímetros do que a brasileira, que partilhou o pódio com a alemã Martina Strutz e com a russa Svetlana Feofanova, prata e bronze, respectivamente.
Nos 3.000 metros obstáculos, a russa Yuliya Zaripova, juntou o título mundial ao europeu, cortando a meta com cinco segundos de vantagem sobre a tunisina Habiba Ghribi, medalha de prata.
Numa prova em que o Quénia domina no setor masculino, Milcah Chemos Cheywa, apontada como uma das favoritas, foi incapaz de dar ao seu país o ouro no feminino, ficando-se pela terceira posição, tal como em 2009, numa prova em que Sara Moreira terminou em 12.º.
No lançamento do disco, o alemão Robert Harting revalidou o título, com um arremesso a 68,97 metros, deixando o estónio Gerd Kanter (66,95) com a medalha de prata.
No heptatlo, Tatyana Chernova aproveitou o falhanço da britânica Jessica Enis no lançamento do dardo, e "devolveu" à Rússia a medalha de ouro, que lhe fugia há 10 anos, quando Yelena Prokhorova se sagrou campeã em Edmonton, no Canadá.
Nos 800 metros masculinos, o queniano David Rudisha fez jus ao estatuto de favorito e impôs-se ao sudanês Abubaker kaki e ao russo Yuriy Borzakovskiy - campeão olímpico em 2004 -, prata e ouro, respetivamente.
O atleta queniano, de 22 anos, detentor do recorde mundial, continua assim invencível desde as meias-finais do Mundiais de 2009, disputados em Berlim.
Das restantes atletas portugueses, Vera Barbosa foi eliminada nas meias-finais dos 400 metros barreiras, e Patrícia Mamona falhou a qualificação para a final do triplo salto.