Jesus lembrou, no final do jogo com o Gil Vicente, que «podemos criar 10 oportunidade de golo, não concretizá-las e a outra equipa ir lá uma vez, marcar um golo e vencer».
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Declarações após o jogo Benfica-Gil Vicente (2-1), da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no estádio da Luz, em Lisboa:
Jorge Jesus (treinador do Benfica) - «A equipa entrou com alguma ansiedade, mas, a partir dos 10 minutos, começou a soltar-se. Era o primeiro jogo no nosso estádio, depois da derrota na Madeira. Ao longo dos primeiros 45 minutos, a equipa conseguiu construir ocasiões para estar em vantagem. Ao intervalo, falámos, emendámos alguns posicionamentos e depois começámos novamente a criar situações.
O futebol é isto. Podemos fazer 30 ataques, criar 10 oportunidade de golo, não concretizá-las e a outra equipa ir lá uma vez, marcar um golo e vencer. A única vez que o Gil Vicente teve uma oportunidade, fez golo.
Não foi uma vitória tirada a ferros. Foi sim uma vitória com grande união e solidariedade. Os jogadores do Benfica mereciam sair daqui com a vitória, pelo que fizeram. Foi uma vitória que nos moraliza.
Quando não se ganha, está-se menos confiante, mas o Benfica tem uma equipa em que há uma união muito grande. Qualquer vitória nos momentos finais é moralizadora, mas esta não vem transformar a confiança que havia antes deste jogo. As vitórias, nos últimos minutos, moralizam muito e acho que o 2-1 é mais moralizante do que se tivéssemos goleado o Gil Vicente.
O Cardozo acabou o trabalho específico e vai começar a trabalhar com a equipa, dentro das limitações que ele tem. Esteve dois meses e uma semana parado. Neste momento não tem condições físicas para estar no dérbi [com o Sporting].
[No final do jogo] Quisemos demonstrar [a Maxi Pereira] que esta situação é partilhada pelo grupo, e pode acontecer a qualquer um. Não se pode sentir culpado de nada.
João de Deus (treinador do Gil Vicente) - «No final do jogo, com muita gente na nossa área, tivemos desatenções e pagámos caro. Não fomos competentes no final e acabámos por pagar caro o bom trabalho que fizemos durante todo o jogo.
Tenho a sensação de que fomos competentes dentro das nossas capacidades. Dificilmente alguém vem a este estádio jogar cara a cara com o Benfica e, tendo consciência disso, fizemos o nosso jogo, tentando sempre jogar e aproveitar alguns espaços que poderiam existir. Quando acreditava que já estávamos bem sólidos no jogo e que o nosso adversário estava em dificuldades, aconteceu esta situação. É futebol e tudo isto serve para crescermos enquanto equipa»