José Couceiro pretende criar uma comissão financeira para avaliar a real situação do Sporting e convidou João Duque para liderar o projeto. O presidente do ISEG fala «num líder com carisma».
Corpo do artigo
João Duque considera «interessante» juntar algumas pessoas com conhecimento na área financeira para poderem assessorar a presidência em assuntos dessa natureza.
Essa comissão especializada dará um contributo na área financeira e na gestão estratégica. «Faz sentido uma vez que a situação financeira é crítica», defende o presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
João Duque só vê uma forma de José Couceiro se relacionar com os dois bancos que são neste momento os principais credores do Sporting.
«Falar com eles e negociando. É a única maneira. Os credores, em função daquilo que são as previsões atuais, se tudo se mantiver na mesma, provavelmente não terão muito a resgatar do Sporting. E portanto é do interesse dos credores viabilizarem o clube».
A futura liderança do clube deverá decidir no sentido de «conter despesas e fazer o clube viver dentro daquilo que é aceitável nos dias de hoje, ainda por cima com a agravante do enquadramento do de crise nacional que afeta o poder de consumo dos portugueses, nomeadamente dos sportinguistas. A direção tem um caminho muito difícil pela frente», salienta João Duque, membro do anterior Conselho Leonino.
A reestruturação financeira será por isso repensada, uma vez que «as condições penso que se degradaram recentemente e o clube deve rever o que possa ter sido os planos iniciais».
Por isso, entende João Duque, «José Couceiro precisa de liberdade face à anterior direção. É nesse pressuposto que eu o apoio, porque é esse o seu princípio. Isto não é uma direção de continuidade. Longe disso».
Finalmente, João Duque explica porque está ao lado de José Couceiro, nesta corrida à presidência do Sporting.
«Em primeiro lugar é um líder, não é por acaso que ele foi presidente do sindicato dos jogadores, não é por acaso que ele foi treinador de uma das mais importantes equipas nacionais e eu conheço o José Couceiro de liderar grupos».
«Tem uma personalidade muito forte, o carisma que é necessário aos líderes que leva os outros a acreditar e a seguirem-no também com alguma paixão. É claro que não é só a paixão que interessa aqui. Há o conhecimento que ele tem em relação ao negócio do futebol, que para o Sporting não é a única atividade desportiva, mas que é muito importante».