O jogador João Palhinha foi ouvido no processo do ataque a Alcochete através de videoconferência desde Braga.
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João Palhinha era um dos jogadores do plantel do Sporting na academia aquando do ataque de maio de 2018. Hoje está emprestado ao Sporting de Braga. Dentro do balneário da Academia, por meio das agressões, alguém exclamou em tom de ameaça aos jogadores: "Se não ganharem no domingo, voltamos cá."
"[Houve] Tochas e petardos atirados antes de entrarem no balneário", recorda o médio. "Desataram aos pontapés quando entraram. Freddy Montero levou uma chapada. Battaglia e Acuña levaram murros, Rui Patrício um murro no peito; e também o William Carvalho". Viu ainda Jorge Jesus sangrar, embora não tenha presenciado a agressão.
Palhinha explica que "os adeptos tinham alvos claros: Battalgia, Acuña, Rui Patrício e William".
Por entre insultos, queriam obrigá-lo a tirar os equipamentos com o símbolo do clube. "Pediram-me para tirar os equipamentos de treino, mas só isso", aponta João Palhinha.
No exterior do edifício ouviu Fernando Mendes explicar a William e Jorge Jesus que "o que tinha acontecido não estava previsto, que queriam apenas falar com os jogadores" depois dos maus resultado da equipa. No local estava também o então líder da claque Juventude Leonina, Mustafá.
Sobre a reunião entre os jogadores e Bruno de Carvalho, Palhinha recorda a presença de Jorge Jesus e momentos de tensão entre o então presidente leonino e, sobretudo, o atleta William Carvalho.