
João Vieira Pinto
Arquivo DN
João Vieira Pinto colocou ponto final na sua carreira desportiva, tendo anunciado que pretende manter-se ligado ao futebol, embora ainda não sabendo como. Na despedida, o ex-jogador lembrou vários momentos da sua longa carreira.
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João Vieira Pinto anunciou, esta terça-feira, o abandono da sua carreira de futebolista, justificando a sua decisão por já não ter a mesma disponibilidade física e mental de outros tempos.
«No próximo mês vou fazer 37 anos. A minha disponibilidade física e mental já não é a mesma e ao longo da minha carreira sempre disse, principalmente a partir dos 30 anos, que assim que sentisse mais dificuldade em levantar-me de manhã para ir treinar punha termo à minha carreira», explicou.
Em conferência de imprensa na sede do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, o ex-internacional português indicou que decidiu terminar a sua carreira, mesmo sabendo da existência de algumas propostas.
O antigo jogador de clubes como o Boavista, o Benfica e o Sporting, que já não jogava desde Fevereiro, depois de ter rescindido com o Sp. Braga, agradeceu «aos companheiros que comigo jogaram e contra mim actuaram».
O também vice-presidente do Sindicato de Jogadores adiantou ainda que gostaria de ficar ligado ao futebol, muito embora ainda não saiba de que forma, muito embora tenha revelado que já recebeu propostas nesse sentido.
«Não é propriamente o dia mais feliz da minha vida. Tenho vários sentimentos, mas há uma coisa que me enche de alegria que é o meu filho entrar na Liga. No mesmo ano em que acabo a carreira», explicou.
Sobre a sua carreira, João Vieira Pinto revelou não estar arrependido de não ter assinado pelo FC Porto, apesar de ter recebido propostas nesse sentido, e lembrou o «mau bocado» passado após ter agredido o árbitro Angel Sanchez no Mundial 2002.
João Vieira Pinto lembrou ainda companheiros como Jardel, com quem formou dupla no Sporting, e Ricky, com que actuou no Boavista, bem como o seu rival Paulinho Santos, com quem tem uma «boa relação».
O "menino de oiro" para os benfiquistas e o "grande artista" para os sportinguistas, que não pondera por enquanto uma carreira de treinador, alinhou fez mais de 600 partidas na sua carreira, 81 das quais pela selecção, tendo marcado 151 golos.