Jorge Jesus elogia o oitavo lugar do Benfica, nas melhores equipas do Mundo de 2011, defende o alargamento do campeonato para 18 clubes, quer a renovação de Aimar, explicou a contratação de Djaniny e ainda teve tempo para filosofar sobre a questão da liderança, na Liga, na viragem para a segunda volta do campeonato.
Corpo do artigo
Jorge Jesus demonstrou natural satisfação por ver o Benfica ser eleito o melhor clube português e o oitavo do Mundo, em 2011, pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol. Estes dados foram divulgados no momento em que os encarnados ocupam a primeira posição na Liga portuguesa.
No entanto, o treinador do Benfica permanece fiel à ideia de que para defender esse lugar «é preciso continuarmos a fazer o que temos feito ou ainda mais. Quando cheguei ao Benfica não sei em que lugar ou em que mapa estava o clube. É um sinónimo do trabalho que nós temos vindo a desenvolver».
Por outro lado, Jorge Jesus vê com «muito agrado» os últimos rankings publicados sobre as equipas e o futebol portugueses e defende a ideia lançada por Mário Figueiredo.
O novo presidente da Liga quer um campeonato a 18 clubes. Jorge Jesus concorda porque «vai haver mais duas equipas, logo mais jogadores no campeonato, onde podem entrar mais jogadores portugueses. Portanto, as equipas B e esse aumento no número de clubes no campeonato são dois factores importantes para nós melhorarmos a qualidade do jogador português».
Benfica deve provar no campo que é melhor do que o Vitória
Na véspera de receber o Vitória de Setúbal, na jornada 15, a última da primeira volta, permanecer na liderança teoricamente poderá significar uma segunda volta mais favorável, sobretudo tendo em conta que o Benfica já pontuou no Dragão e em Braga, por exemplo.
Para o treinador do Benfica esse argumento não colhe. «A prática é o critério da verdade», sustentou algo filosoficamente Jorge Jesus, para quem «a teoria não conta» no futebol. Pelo que dobrar o campeonato na frente não se traduz necessariamente «numa segunda volta mais fácil» para o Benfica.
Jorge Jesus assina por baixo a declaração de Bruno Ribeiro. O treinador do Vitória de Setúbal deixou a ideia de que os sadinos não vão entrar derrotados no Estádio da Luz, este sábado. «Ele tem razão. Está a falar bem. Não há vencedores antecipados, se o Benfica quiser ser melhor tem de demonstrá-lo dentro do campo. O Vitória é uma equipa com tradição, que me diz muito, em particular e que normalmente faz bons resultados no Estádio da Luz. Isso leva-nos cada vez mais a respeitar os nossos adversários».
Aimar «é mais um treinador dentro de campo», Djaniny para a equipa B
A renovação de Pablo Aimar ainda está por definir, sobretudo no plano financeiro, mas na cabeça de Jorge Jesus tudo está claro. Aimar é «um óptimo profissional, trabalha comigo há três anos e é mais um treinador que eu tenho dentro de campo. Estamos interessados que ele renove e ele também, mas as questões financeiras já é um tema que não passa por mim».
Quanto a Djaniny, «é um jovem, que apareceu no campeonato português, com alguma qualidade, o Benfica no próximo ano tem a política de formar uma equipa B e estes jogadores enquadram-se nessa ideia».
Sobre Enzo Pérez e Rúben Amorim, dois elementos do plantel sob alçada disciplinar da SAD, Jorge Jesus sublinhou que vai aceitar, como funcionário do clube, as decisões que forem tomadas, sem alongar-se muito mais sobre os casos.