Em entrevista à TSF, José Roquette diz que não se revê na agressividade demonstrada pelo atual presidente do Sporting nem no ambiente de crispação criado em torno do dérbi do próximo domingo, no Estádio da Luz. Quanto ao jogo, o empate para os "leões" até pode ser um "bom resultado".
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O antigo presidente do Sporting não aceita "o tipo de turbulência criado em torno de acontecimentos desportivos" com a dimensão de um dérbi entre Benfica e Sporting, um jogo de futebol que tem um "contexto emocional extremamente pesado".
"Gostaria que as coisas se passassem com alguma normalidade mas estão lançadas a sementes para que haja um ambiente de contestação e turbulência. Espero que possa ficar por aqui", disse em entrevista à TSF.
José Roquette não se revê na forma como as estas questões são abordadas, algo que não se enquadra "nos valores tradicionais que os fundadores do Sporting pensaram para o clube", referindo-se ao clima de tensão criado nas últimas semanas entre leões e águias, mas não só.
A forma como Jorge Jesus foi contratado e Marco Silva dispensado é um exemplo dessa realidade. "A forma como as coisas se passaram para mim não são ainda transparentes. Tudo isso é feito num clima de questões legais e jurídicas permanentemente em cima da mesa".
É esse estilo agressivo de Bruno de Carvalho que merece reparos por parte de José Roquette. "Independentemente de se pensar que possa ou não acorrer razão ao atual presidente, relativamente às questões que levantou, é a oportunidade e a forma - que parece estar no ADN - de resolver os problemas, com base na agressividade e na turbulência. Não me parece que sejam boas bases para decisões de bom senso".
Sobre o jogo propriamente dito, José Roquette acredita que para o Sporting "nesta altura", com mais cinco pontos na tabela o empate pode ser um bom resultado, embora eu ache que o Sporting joga sempre para ganhar. Já o empate ou a derrota não podem estar nos planos do Benfica".