Sérgio Oliveira faz de Costinha em Turim e FC Porto elimina Juventus da Champions
Médio foi o herói dos dragões numa noite europeia para a história. Juve de Ronaldo volta a cair nos oitavos da Champions. Veja os golos.
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O FC Porto eliminou a Juventus em Turim e está nos quartos de final da Liga dos Campeões. Apesar da derrota (3-2) no jogo, os dois golos marcados em Itália garantiram um lugar nos quartos da Champions.
Dezassete anos depois da glória em Old Trafford, o FC Porto tinha em mãos uma tarefa igualmente difícil, desta vez perante a Juventus de Cristiano Ronaldo em Turim. Tal como em 2003, os dragões partiam para este encontro com vantagem, depois da vitória em casa por 2-1.
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Antes do início do jogo, Sérgio Conceição teve boas notícias. O indiscutível capitão Pepe e Jesús Corona recuperaram dos toques que sofreram frente ao Gil Vicente e foram chamados à equipa inicial. Também Mbemba, que tinha tido um problema muscular, regressou ao centro da defesa.
Já do lado da equipa de Andrea Pirlo, o ex-Sporting Demiral fazia dupla no centro da defesa com Bonucci. No meio campo, Arthur juntava-se a Rabiot e Ramsey e, na frente de ataque, o espanhol Morata acompanhava Cristiano Ronaldo.
A primeira oportunidade do jogo pertenceu aos campeões italianos, com um cabeceamento de Álvaro Morata na área. Marchesín defendeu por instituto e negou o primeiro golo do encontro.
Os minutos iniciais ficaram marcados pela grande intensidade de ambas as equipas. Depois da ameaça da formação de Turim, o FC Porto não se escondeu e acreditou que podia marcar. Aos seis minutos, Zaidu roubou a bola a Cuadrado e cruzou para Taremi, que no meio da área rematou à figura de Bonucci. Na recarga, o avançado iraniano antecipou-se ao adversário e cabeceou à trave da baliza da Juventus.
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A equipa de Pirlo mostrava alguma ansiedade no momento da decisão e o FC Porto aproveitou. Em contra-ataque iniciado pelo lado esquerdo, a bola rapidamente chegou à área. Corona serviu Taremi, que foi carregado em falta por Demiral.
O árbitro holandês Björn Kuipers assinalou grande penalidade a favorecer os campeões portugueses. Da marca dos onze metros, Sérgio Oliveira não falhou e marcou um golo importante para os dragões.
A Juventus sofria com a desvantagem na eliminatória e o FC Porto usava isso a seu favor, mostrando grande personalidade em campo. Os laterais estavam a ter uma noite interessante, com destaque para Zadiu, que vencia praticamente todos os duelos com Cuadrado no lado esquerdo. Já defensivamente, os dragões mostravam um bloco bastante organizado, deixando o adversário sem linhas de passe no último terço.
Ao contrário do que aconteceu nos primeiros minutos do primeiro tempo, na segunda parte, Marchesín não conseguiu negar o golo da Juventus. Os campeões italianos empataram a partida por intermédio de Chiesa, após uma jogada de três toques. Bonucci abriu para Ronaldo, que fez o "amorti". Chiesa não falhou e colocou a bola no ângulo da baliza portista.
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O jogo tornou-se muito complicado para o FC Porto, quando aos 53 minutos, Taremi viu o segundo cartão amarelo e consequente cartão vermelho. O avançado iraniano pontapeou a bola quando o jogo já estava parado e o árbitro Björn Kuipers não perdoou.
A Juventus era uma equipa diferente nesta segunda parte e, em novo lance de perigo, Pepe negou o bis a Chiesa. O avançado italiano fugiu à marcação de Corona, tirou Marchesín do caminho, mas o capitão do Porto fechou a baliza azul e branca, para desespero dos bianconeri.
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O golo não tardou e, perante a pressão da Juventus, apareceu aos 63 minutos. Cuadrado levantou a bola para área e, sem oposição, Chiesa cabeceou para bisar na partida.
Sérgio Conceição não gostava do que via em campo e mudou o sistema tático para três defesas, lançando Malang Sarr para o lugar de Otávio. Até ao final do jogo, o FC Porto não criou quaisquer oportunidades de golo. Pelo contrário, Chiesa era o homem mais perigoso da Juventus, com vários lances construídos a partir do lado esquerdo do ataque.
Nos descontos, a Juventus teve nova oportunidade para colocar-se na frente da eliminatória, com um remate de pé esquerdo de Cuadrado que bateu com estrondo na barra da baliza de Marchesín. Com a eliminatória empatada, o lugar nos quartos de final tinha de ser decidido com tempo extra.
Na primeira parte do prolongamento, o FC Porto defendeu o empate na eliminatória, sobretudo, com coração perante uma Juventus que se instalou na área de Marchesín. Aos 10 minutos, Cristiano Ronaldo caiu na área, mas o árbitro nada assinalou.
Na segunda parte, os o FC Porto sonhou com o apuramento. Sérgio Oliveira foi carregado em falta à entrada da área e o árbitro marcou livre. O médio internacional português acreditou e foi feliz, marcando o golo que dava o apuramento.
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Mas a Juventus não desistiu. Na sequência de um canto, Rabiot voltou a dar esperança à equipa italiana. O golo foi insuficiente para anular os dois tentos dos dragões, que assim garantiram um lugar nos quartos da Champions.
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Onze da Juventus: Szczesny; Cuadrado, Bonucci, Demiral, Alex Sandro; Chiesa, Rabiot, Arthur, Ramsey; Morata, Cristiano Ronaldo.
Suplentes: Pinsoglio, Buffon, Chiellini, de Ligt, Di Pardo, Dragusin, Frabotta, McKennie, Bernardeschi, Kulusevski, Fagioli.
Onze do FC Porto: Marchesín; Manafá, Pepe, Mbemba, Zaidu; Sérgio Oliveira, Uribe, Otávio, Corona; Marega, Taremi.
Suplentes: Diogo Costa, Diogo Leite, Nanu, Sarr, Loum, Grujić, Fábio Vieira, Luis Díaz, Felipe Anderson, Toni Martínez, Evanilson, Francisco Conceição.
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)