
Eden Hazard (Chelsea)
Reuters/Dylan Martinez
É o quinto campeonato para a história dos "blues", o terceiro ganho sob o comando do treinador português José Mourinho.
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O Chelsea conquistou este domingo o seu quinto título de campeão inglês de futebol, terceiro sob o comando do treinador português José Mourinho, ao vencer em casa o Crystal Palace por 1-0, em encontro da 35.ª jornada.
O belga Eden Hazard, aos 45 minutos, na recarga a um penálti por si falhado, marcou o golo do 'onze' de Mourinho, que havia conquistado os outros dois títulos na primeira passagem pelo clube (2004/05 e 2005/06).
Após 35 rondas, a formação londrina soma 83 pontos, já mais um do que os conseguidos na época passada, em que ficou no terceiro posto, e apenas menos três do que os 86 que valeram ao Manchester City o cetro de 2013/14.
Ao longo da época, os 'blues' nunca estiveram em desvantagem pontual em relação a nenhuma equipa, mas só fugiram ao City, o único que aguentou o 'ritmo' na primeira volta, após a 20.ª ronda, que chegou com as duas equipas em igualdade pontual.
Quatro jornadas depois, a vantagem já era de sete pontos sobre o conjunto de Manuel Pellegrini, que acusou a partida de Yaya Touré para a Taça das Nações Africanas e não mais se encontrou, chegando a cair para o quarto posto.
Indiferente aos problemas do City, o Chelsea foi vencendo - quase sempre pela margem mínima - ou empatando os seus jogos e rumando ao título, numa época em que Manchester United, Arsenal e Liverpool 'desistiram' ainda no primeiro quarto.
Apesar da clara supremacia 'espelhada' pela tabela, o conjunto de Londres apenas foi, realmente, 'grande' face aos 'pequenos': frente às equipas abaixo do sétimo lugar, o Chelsea conquistou 90,3 por cento dos pontos em disputa (65 em 72), com 53 golos marcados e 16 sofridos.
Os empates com Sunderland (0-0, fora) e Burnley (1-1, em casa) e o desaire em Newcastle (1-2, fora) foram os únicos resultados negativos, até agora, face aos 13 últimos.
Perante os melhores, os conjuntos do 'top 7' (segundo ao sétimo), o Chelsea foi bem diferente, conseguindo apenas 18 de 33 pontos possíveis (54,5 por cento), ao somar quatro vitórias, seis empates e uma derrota (16-11 em golos).
Os 'blues' só perderam com o Tottenham, num muito pouco habitual -- para Mourinho - 3-5, mas não foram capazes, nomeadamente, de bater o City (dois empates a um), em jogos em que o português preocupou-se sobretudo em não perder.
O autor do golo deste domingo, o belga Eden Hazard (24 anos), já eleito o melhor jogador da 'Premier League', foi, sem dúvida, a grande figura dos londrinos, pela classe que emprestou à equipa e ao campeonato, confirmando-se com um candidato futuro à 'Bola de Ouro'.
Os golos de um Diego Costa que nunca se livrou das lesões e as assistências do 'cérebro' Cesc Fàbregas fizeram também toda a diferença, com os dois internacionais espanhóis a afirmarem---se como as grandes contratações.
Além de Hazard, Fàbregas e Diego Costa, também os centrais John Terry (34 anos) e Gary Cahill, o lateral direito sérvio Branislav Ivanovic e o 'trinco' ex-Benfica e igualmente sérvio Nemanja Matic integraram o 'onze' do ano da 'Premier League'.
O guarda-redes belga Courtois, que 'roubou' a baliza a Petr Cech, o defesa esquerdo espanhol César Azplilicueta e os médios brasileiros Oscar e Willian completaram o 'onze' base de José Mourinho, que, praticamente, só lhe mexeu por culpa de lesões ou castigos, uma prática que já vem de longe.