A exposição "A Sorte dá Muito Trabalho", que homenageia o antigo treinador Mário Moniz Pereira, é inaugurada esta tarde, no Museu Sporting.
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A exposição "A Sorte dá Muito Trabalho", que abre ao público esta terça-feira, centra-se nos testemunhos de muitos daqueles que conheceram o professor Mário Moniz Pereira e de grandes atletas que por ele foram treinados.
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Isabel Victor, responsável pelo Museu Sporting, considera que o método de treino de Moniz Pereira poderia ser considerado património imaterial da humanidade. "Porque não?", questiona. "É uma ideia para ser trabalhada pelo Sporting e pela Faculdade de Motricidade Humana".
"Ele era extraordinariamente metódico e, ao mesmo tempo, muito desafiante estimulante e divertido", afirma Isabel Victor. "Este legado é um património imaterial com consequências até bem materiais. Ele produziu cadernos, obras que, até como objetos de arte, impressionam, pela forma como estão escritos".
Quem sabe o que ainda se pode descobrir nas páginas que o professor Moniz Pereira deixou escritas? O antigo vice-campeão mundial Domingos Castro fala num homem "muito dedicado, muito profissional e, em termos de disciplina, único". "Não havia como ele", garante.
Também o ex-atleta Fernando Mamede exalta as capacidades do professor: "Ele foi o único treinador do mundo que levou um corredor de 400 metros a recordista do mundo dos 10.000 metros! Não foi brincadeira nenhuma! Como é que ele viu que a minha melhor distância seria os 10.000 metros? Ele viu!".
O atleta olímpico Carlos Lopes está convencido de que, além da exigência e do rigor, do conhecimento que tinha dos atletas e da capacidade para descobrir talentos, havia ainda mais qualquer coisa. "É um homem que fica para a história e que fez sentir que Portugal era país", conclui.
A TSF agradece ao Museu Sporting pela recolha do testemunho de Domingos Castro.