16 anos depois de se sentar ao volante de um camião, a piloto portuguesa vence o África Eco Race. Um sonho que se realiza.
Corpo do artigo
TSF\audio\2019\01\noticias\13\elizabete_jacinto_online
O troféu do África Eco Race já está nas mãos da campeã: é "enorme, pesadíssimo". Mas para quem carrega um camião às costas pelo deserto, o peso tem outro encanto. Esta tarde no Senegal, com o sol a queimar a pele, o sorriso de Elisabete Jacinto encheu o pódio. E claro, "este troféu tem um lugar especialíssimo lá em casa". Ainda este domingo, Elisabete Jacinto fechou a competição com a volta de consagração em torno do Lago Rosa.
É o trabalho de 16 anos. No princípio, era só vontade, depois o trabalho e a dedicação. Muitas frustrações "mas eu encarei cada obstáculo, como uma rasteira. Eu sou capaz de ir até onde quero chegar!" E foi. Sempre atrás do mesmo sonho "que nos obriga a ir para a frente, mesmo quando as coisas correm mal".
E muitas coisas correram mal nestes anos. Elisabete Jacinto não desistiu. E nunca esteve sozinha, por isso que partilha a conquista com a equipa que a acompanha e com o marido, Jorge Gil, "a peça-chave de eu me ter mantido estes anos todos a correr".
E agora, que chegou onde queria chegar? "Não sei, preciso de um tempo para digerir, deixar assentar a poeira, como se diz em África".
A piloto portuguesa não descarta o regresso à sala de aula. Com África no mapa e no coração da professora de geografia que sempre viu "o ensino como o pneu suplente para o futuro. Vamos ver".
Elisabete Jacinto regressa dia 15 a Portugal lá pelas 6h00.
Ainda no Senegal, esta segunda há reserva no melhor restaurante para uma mariscada regada a cerveja.
Hoje é dia de champanhe e de olhar para o troféu de campeã.