Jean Cristophe Bott/EPA
A equipa francesa ocupa o 7.º lugar no campeonato gaulês.
O Benfica escapou aos adversários mais difíceis nos quartos de final da Liga Europa, mas o Marselha, equipa agora comandada por Jean-Louis Gasset, não atravessa o melhor momento da história, já vai no terceiro treinador esta temporada, mas tem pergaminhos no futebol europeu.
História
A nível internacional, os marselheses venceram a prova mais importante de clubes do mundo, em 1991/92. Ano em que a UEFA incluiu várias alterações que ficariam na história: a fase de grupos passou a ter todos os jogos no mesmo horário (19h45), adotou-se um hino e mudou-se o próprio nome da prova: a então conhecida Taça dos Campeões Europeus passou a ser denominada de Champions League.
O Marselha, além da Champions conquistada ao AC Milan (com jogadores como Rudi Voller, Boksic, Marcel Desailly, Barthez ou Angloma), venceu ainda duas Intertoto. A nível interno, a equipa do sul de França é dos clubes mais titulados com nove campeonatos, três Supertaças, dez Taças de França e três Taças da Liga. No entanto, atravessa um 'jejum' de quase 15 anos. A última vez que levantou o título de campeão nacional foi em 2009/2010.
Confrontos com o Benfica
O Marselha não é um desconhecido para o Benfica. Já se encontraram quatro vezes no passado.
A primeira foi de boa memória para a equipa portuguesa: meias-finais da Taça dos Campeões Europeus. Em França, o Benfica perdeu por 2-1, mas na segunda-mão a equipa entao liderada por Sven Goran Eriksson venceu por 1-0 com um golo polémico que ficou conhecido como "o golo da mão de Vata".
Os dois clubes voltariam a encontrar-se em 2010, há 14 anos, nos oitavos de final da Liga Europa. Aí, os franceses levaram a melhor depois de empatarem na Luz 1-1 e terem vencido e no Velodrome por 2-1.
Percurso nacional esta temporada
O Marselha já está a 27 pontos do líder PSG e a 16 dos lugares que dão acesso direto à Liga dos Campeões. Vinha de um período de 5 vitórias consecutivas para todas as competições até perder com o Villarreal na segunda mão da Liga Europa. No campeonato, soma 10 vitórias, 9 empates (é das equipas que mais empata) e perdeu 6 vezes. Tem 40 golos marcados e 26 sofridos.
Percurso internacional esta temporada
Por ter ficado em 3.º no campeonato na época passada, ganhou, por isso, o direito de jogar a 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões. No entanto, a equipa ainda comandada pelo espanhol Marcelino Toral caiu aos pés dos gregos do Panathinaikos. Segiu-se a fase de grupos da Liga Europa onde fez parte do grupo B, tendo ficado em segundo atrás dos ingleses do Brighton e à frente do Ajax e do AEK de Atenas. No play-off deixou pelo caminho o Shakhtar Donetsk e nos oitavos de final despachou o Villarreal com algumas dificuldades na segunda-mão.
A figura
Pierre Aubameyang é, sem dúvida, o abono de família dos marselheses. O avançado internacional gabonês, aos 34 anos, depois de ter representado o Chelsea e o Barcelona na época passada, já leva esta temporada 23 golos. Marcou para todas as competições: nove na Liga Europa; dois na qualificação para a Champions; 11 na Liga Francesa e um na Taça de França.
O treinador
Jean-Louis Gasset é o sucessor de Gennaro Gattuso e de Marcelino Toral que não resistiram aos maus resultados.
Depois de ter orientado a seleção da Costa do Marfim, Gasset regressa ao futebol francês para tentar que o histórico francês não fique de fora das competições europeias na próxima época. Desde que assumiu a equipa, o Marselha venceu cinco vezes em seis jogos.
Onze base
Pau Lopes; Jonathan Clauss, Mbemba, Balerdi e Merlin; Kondogbia, Veretout e Amine Harit; Ismaila Sarr, Ndiaye e Aubameyang.
A cidade
Marselha é uma cidade portuária no sul da França, um importante centro de imigração e comércio desde que foi fundada pelos gregos por volta de 600 a.C.
No seu coração está o Vieux-Port (Porto Velho), onde pescadores vendem peixes ao longo do cais repleto de barcos. A Basílica de Notre-Dame-de-la-Garde é uma igreja de estilo românico-bizantino. Entre os monumentos modernos, destacam-se o influente complexo Cité Radieuse, de Le Corbusier, e a CMA CGM Tower, de Zaha Hadid .