O comentador de futebol da TSF, Tomás da Cunha, diz que este investimento "não vai conseguir criar muita curiosidade" para ver os jogos.
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Brozovic é reforço do Al Nassr e Steven Gerrard ruma ao Al Ettifaq: o médio croata vai ser colega de Ronaldo, o inglês vai treinar um clube, para já, sem estrelas.
A transferência de Brozovic envolve um valor de 18 milhões de euros para o médio deixar o Inter de Milão e passar a ser reforço do treinador português Luís Castro até 2026.
Por outro lado, Gerrard, de 43 anos, estava sem clube desde que tinha deixado o comando técnico do Aston Villa. O antigo internacional inglês, já foi treinador também do Rangers, em Glasgow onde chegou a ser campeão da Escócia.
O comentador de futebol da TSF, Tomás da Cunha, entende que mesmo com este investimento "não vai haver assim tanta curiosidade para perceber o que se vai fazendo nessa Liga, porque o adepto de futebol gosta essencialmente dos clubes, e não especificamente de jogadores. A atenção está sempre no clube e nos rivais, e não é por terem duas ou três figuras, que estão realmente no outro patamar - como Ronaldo -, mas ninguém vai parar para ver ou ouvir esses jogos, ou o que se vai passando na Arábia Saudita", explica Tomás da Cunha.
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Sobre a escolha dos jogadores e treinadores em aceitaram estas propostas dos clubes sauditas, o comentador da TSF diz que para um técnico, por exemplo, "um campeonato que não tem tanta pressão mediática e imediata permite essa formação como treinador, mas estes projetos estão em construção para ganhar no imediato na Arábia Saudita, e não vai ficar fácil. Porque temos ali quatro ou cinco equipas com plantéis muito fortes e o tal investimento, por si só, não vai garantir vitórias".
Um investimento de muitos milhões de euros, mas que parece ser diferente do que a China fez no passado, como explica Tomás da Cunha: "O investimento na Arábia Saudita está a ser feito nas infraestruturas, nos estádios, na formação dos jogadores... E depois a Arábia Saudita é um país que gosta de futebol, com uma larga participação em Mundiais, ou seja, não é propriamente um país que caiu de paraquedas no futebol. Já tem alguma ligação e uma tradição e isso também facilita", diz o comentador de futebol da TSF.
O problema encontra-se "nos clubes com plantéis muitos desequilibrados, porque têm quatro ou cinco estrelas, mas depois os restantes jogadores estão muito, muito longe do nível desses colegas. Assim é difícil construir uma equipa com alguma harmonia e praticar um futebol de acordo com o que se pretende".