Missão portuguesa está "blindada" em relação ao "caso isolado de doping" de Simone Fragoso
Luís Figueiredo mostra-se convicto de que a situação que afastou Simone Fragoso dos Jogos "não vai afetar a missão portuguesa". Por sua vez, a atleta assegura que "tudo" fará para contestar a decisão
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O chefe da missão portuguesa nos Jogos Paralímpicos garantiu esta quarta-feira que a comitiva em Paris 2024 "foi blindada" do "caso isolado de doping" que afastou da competição de powerlifting Simone Fragoso que, entretanto, já deixou França.
"Naturalmente, é uma situação que não é agradável", considerou Luís Figueiredo, em declarações à agência Lusa, lembrando que este foi e é "o primeiro caso de doping da missão portuguesa em Jogos Paralímpicos".
Luís Figueiredo mostrou-se convicto de que o caso, que afastou Simone Fragoso do torneio de powerlifting agendado para esta quarta-feira, "não vai afetar a missão portuguesa". "Em termos emocionais, a missão não está afetada com a situação, conseguimos blindar a missão deste caso, que é um caso isolado", assegurou.
Segundo o chefe de missão, a atleta "saiu da aldeia ainda ontem [na terça-feira] para regressar a Portugal" depois da missão ter sido informada pelo Comité Paralímpico Internacional (IPC), de um 'resultado analítico adverso' num controlo antidoping".
"O controlo realizou-se no dia 31 de agosto, a informação foi ontem [na terça-feira] comunicada à chefia de missão e, obviamente, tomamos a decisão que achamos mais conveniente", disse, lembrando que todos os atletas nacionais realizaram controlos antidoping em Portugal, cujos resultados ainda não são conhecidos.
Luís Figueiredo considerou que o caso que envolve Simone Fragoso, que depois de três presenças em Jogos Paralímpicos como nadadora, deveria participar esta quarta-feira no torneio de powerlifting, não vai afetar nem os resultados, nem a imagem dos atletas. "Acreditamos que os atletas irão responder de uma forma positiva como têm feito até aqui", sublinhou.
De acordo com Luís Figueiredo, "a atleta está agora suspensa e tem dez dias para argumentar e apresentar provas que, eventualmente, a possam ilibar, num processo que terá de ser gerido pela própria, de acordo com as regras que emanam da WADA [Agência Mundial Antipodagem]".
Na sua conta pessoal no Instagram, Simone Fragoso escreve que regressa a casa "sem a sensação de dever cumprido e com uma enorme tristeza". Assegura ainda que "tudo" fará para contestar a decisão.
Durante a sua carreira como nadadora, Simone Fragoso esteve suspensa por um ano, no ciclo paralímpico que terminou com os Jogos Rio 2016, por ter faltado a dois controlos antidoping fora de competição.