
Sócrates
O antigo futebolista Sócrates, que brilhou nos Mundiais de 1982 e 1986 ao serviço da seleção brasileira, morreu este domingo no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Tinha 57 anos.
Segundo fontes hospitalares, Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira, que estava internado desde quinta-feira, morreu às 04:30 locais (06:30 em Lisboa) em consequência de um «choque sético», depois de ter sido submetido a um tratamento com potentes antibióticos.
Médico de profissão e, por isso, apelidado de "Doutor", Sócrates, casado e tinha seis filhos, já tinha sido hospitalizado outras duas vezes este ano por problemas derivados dos seus excessos com o álcool, que lhe causaram uma cirrose hepática, tendo mesmo admitido a sua dependência na segunda vez e manifestado o desejo de acabar com a mesma.
Conhecido pela elegância do seu jogo, principalmente o seu jogo de calcanhar, Sócrates militou quase toda a sua carreira no Corinthians, clube que pode se sagrar hoje campeão brasileiro pela quinta vez, na última jornada do "Brasileirão".
Em termos de títulos, este médio ofensivo conquistou três campeonatos estaduais pelo Corinthians (1979, 1982 e 1983), tendo ainda conquistado o estadual do Rio de Janeiro e a Taça do Rio de Janeiro em 1986, ao serviço do Flamengo.
Além do "Timão", o jogador representou ainda o Flamengo, o Santos e o Botafogo de Ribeirão Preto, bem como os italianos da Fiorentina.
Na memória coletiva perdura ainda a sua figura no Mundial de Espanha de 1982, torneio em que o Brasil foi afastado após uma derrota por 3-2 diante da Itália, numa seleção que ainda hoje é considerada uma das melhores de sempre.
Para lá do futebol, Sócrates também se dedicou à política, tendo sido um ativo militante de esquerda nas décadas de 1970 e 1980 e participado em múltiplos protestos contra a ditadura que governou o Brasil entre os anos de 1964 e 1985.
(Notícia atualizada às 12:36)
[Texto escrito com o novo acordo ortográfico]