Segundo o despacho de arquivamento do MP, a menor visada na investigação, por suspeita de crime de importunação sexual, não denunciou qualquer prática ilegal. Nenhuma das outras jogadoras aceitaram depor no inquérito.
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O Ministério Público (MP) arquivou o inquérito aberto que visava Miguel Afonso na sequência das queixas de jogadoras do Rio Ave, nomeadamente uma menor, de alegado assédio sexual, na época 2020/2021. O MP considera que "não se mostra minimamente indiciada a prática de crime de importunação sexual" por parte do antigo treinador das equipas femininas de futebol do Rio Ave e do Famalicão.
O despacho de arquivamento, citado pelo Diário de Notícias (DN), refere que a menor visada na investigação, por suspeita de crime de importunação sexual, não denunciou qualquer prática ilegal. A jogadora em questão declarou que "nunca o denunciado a abordou ou importunou sexualmente, nem nunca manteve consigo qualquer conversa de teor sexual".
O despacho explica que nenhuma das outras jogadoras que fizeram denúncias aceitaram depor no inquérito.
Contactado pelo DN, Miguel Afonso diz que "não foi notificado da decisão nem constituído arguido" neste processo.
Miguel Afonso foi suspenso durante três anos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, com base na inquirição de 18 vitimas ou testemunhas.
O caso foi revelado em setembro do ano passado, pelo jornal Público, e levou ao despedimento imediato de Miguel Afonso do comando técnico da equipa feminina de futebol do Famalicão.
Várias jogadoras do Rio Ave denunciaram mensagens impróprias enviadas pelo treinador, na época 2020/2021.