Mundiais de canoagem: Pimenta conquista prata em K1 5000 metros. Portugal alcança "feito extraordinário" com seis medalhas
O canoísta de Ponte de Lima ficou com o segundo posto, em 22.55,097 minutos, sendo novamente batido pelo dinamarquês Mads Brandt Pedersen. Em entrevista à TSF, o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem considera que os atletas "estavam a precisar destes resultados"
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O português Fernando Pimenta conquistou este domingo a medalha de prata em K1 5000 metros dos Mundiais de canoagem de velocidade e assegurou o sexto 'metal' luso em Samarcanda, no Uzbequistão.
Tal como há um ano, nos Campeonatos do Mundo em Duisburgo, na Alemanha, o canoísta de Ponte de Lima ficou com o segundo posto, em 22.55,097 minutos, sendo novamente batido pelo dinamarquês Mads Brandt Pedersen, que revalidou o título mundial na distância, em 22.39,488.
No terceiro lugar do pódio ficou o sueco Joakim Lindberg, em 22.59,119 minutos, naquela que foi a última prova do programa dos Mundiais de canoagem de velocidade.
Poucas semanas após ter sido sexto na sua distância de eleição (K1 1000) nos Jogos Olímpicos Paris 2024, o campeão europeu de 5000 metros sai do Uzbequistão com três medalhas, duas de prata e uma de bronze.
O limiano, campeão mundial em 2017 e 2018, já tinha arrecadado hoje o segundo lugar em K1 500 e o terceiro em K4 500 misto, neste último juntamente com Teresa Portela, Messias Baptista e Francisca Laia.
"Um feito completamente extraordinário"
Portugal encerra a sua participação nos Mundiais de canoagem de velocidade com seis medalhas, duas de ouro, três de prata e uma de bronze. Além dos pódios em K1 500 masculino, K1 5000 masculino e K4 500 misto, conseguiu vencer as provas de K1 200 masculino, por Messias Baptista, e de K2 500, por Teresa Portela e Messias Baptista, tendo ainda conquistado a prata em K2 200 feminino, por Teresa Portela e Francisca Laia.
Em entrevista à TSF, o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, considera que os atletas "estavam a precisar destes resultados".
"É um campeonato do mundo, em distâncias que não fazem parte do programa olímpico, uma vez que estamos em ano de Jogos Olímpicos e que nem sequer é hábito fazer um campeonato do mundo. Nós levámos quatro atletas e alcançámos seis medalhas, o que é um feito completamente extraordinário. Estamos a falar de Fernando Pimenta e do Messias, que ganharam - só eles - três medalhas, e a mesma coisa a Teresa Portela, portanto, é a todos os níveis uma participação de excelência num campeonato do mundo", afirma.
Sobre a próxima participação olímpica, Vítor Félix diz que "ainda é cedo para fazer perspetivas".
"Estamos em mudança de ciclo olímpico, vamos ter um processo eleitoral, eu não me poderei candidatar, uma vez que atingi o limite de mandatos. Quando falamos da canoagem portuguesa, falamos sempre de uma fasquia muito elevada na participação. Há 15 dias íamos para a participação nos Jogos Olímpicos carregados de muita esperança, de muita ambição, de muitos sonhos, uma vez que tínhamos dois barcos campeões do mundo em 2023, o Fernando Pimenta no K1 1000 e João Ribeiro e Messias Baptista no K2 500 e depois ficámos em sexto lugar em ambas as provas. No desporto é mesmo assim, há dias bons e dias maus. Há 15 dias tivemos dias maus e neste campeonato do mundo tivemos dias bons, de excelência", acrescenta.
