"Não dá para enganar ali. Não há hipótese!" A pressão de quem inscreve o nome de campeão na taça
A TSF ouviu o ourives que trabalhou na produção do troféu de campeão nacional e que vai inscrever o nome do Sporting, provavelmente, ou do Benfica, caso os encarnados ainda consigam recuperar da larga desvantagem, na taça após o jogo do título.
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Deve ser uma pressão muito grande. Está tudo à espera que o troféu desça ao relvado para ser levantado pelo capitão da equipa vencedora, mas há uma pessoa que, logo após o apito final do árbitro, tem de inscrever o nome do clube campeão na taça, sem se enganar, claro, enquanto é filmado e as imagens passam em direto nos ecrãs do estádio e na televisão. Essa pessoa é Leonel Pinto, o responsável de produção do troféu da Liga Portugal.
"Vai-se praticando umas semanas antes para quando chegar o momento não correr nada mal", é o que revela à TSF este ourives, que tem esta responsabilidade há quase dez anos, mas admite que é sempre um momento de "grande pressão".
A taça nasce numa fábrica em Gondomar, na Domingos Guedes e é entregue, meses depois de ser produzida, ao vencedor do campeonato pelas mãos de Pedro Proença. Mas o último retoque na taça feito por esta empresa, é de grande responsabilidade e é o momento que vai para as câmaras - inscrever o nome do vencedor.
"Para quem prática torna-se um bocado fácil de fazer. Só o facto de estar a ser filmado na hora, da pressão das pessoas todas ali à volta e das câmaras também faz com que complique um bocadinho", conta Leonel Pinto.
A questão que qualquer pessoa faz é: então e se se enganar naquele momento? "Não dá para enganar ali. Não há hipótese", atira este ourives.
Como quase toda a gente, a pessoa que assina o nome do vencedor do campeonato tem um clube, mas não o quer revelar à TSF: "O clube que me dá mais gosto de escrever é o que ganha. Tenho uma preferência, mas isso fica comigo", diz Leonel Pinto, admitindo que sente mais emoção quando escreve o nome do clube do coração, mas esse "fica no segredo dos deuses".