"Não é fatal votar sempre em Pinto da Costa." José Fernando Rio admite recandidatar-se à presidência do FC Porto
O jurista que ficou em segundo lugar na última votação dos dragões diz que há “uma grande probabilidade” de voltar à corrida e que tem várias ideias em comum com André Villas-Boas.
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O jurista José Fernando Rio, que nas últimas eleições do FC Porto, em junho de 2020, foi o segundo candidato mais votado (com 26,44%), admite voltar a candidatar-se à presidência do clube.
Em declarações esta quinta-feira no Fórum TSF, José Fernando Rio nota que ainda tem tempo para anunciar a candidatura.
“Há quatro anos fui o primeiro a anunciar a minha candidatura e desta vez não me importo de ser de ser o último. Ainda tenho muito tempo, há quatro anos apresentei a candidatura a 1 de março e ainda estamos a meio a meio de janeiro, portanto, ainda há bastante tempo para anunciar essa essa decisão.”
José Fernando Rio explica que candidatura nas últimas eleições partiu da “necessidade de implementar mudança no Porto” e também “mostrar aos sócios que que há alternativas”, ou seja, que “não era fatal apoiar sempre Pinto da Costa e votar sempre em Pinto da Costa”.
As mesmas premissas mantêm-se, defende, a que se junta uma situação financeira “complicada e com reflexos na competitividade da equipa de futebol”.
“Tudo aquilo que me fez avançar há quatro anos mantém-se ou ainda se se agravou durante estes anos todos", defende. "O que me leva a candidatar é atual, o meu programa é atual, portanto obviamente que é uma grande probabilidade de novamente avançar para a candidatura à presidência do clube.”
Questionado se está pronto para disputar a presidência dos dragões com André Villas-Boas, Nuno Lobo e eventualmente com o Pinto da Costa, José Fernando Rio assegura não tem quaisquer receios.
“Se há coisa que não tenho é medo, aliás, não faltava mais nada que eu tivesse medo dos meus dos meus consócios e de outros candidatos”, destaca.
O jurista reconhece que tem “muitos pontos em comuns com a com a candidatura de André Villas-Boas”. Talvez, até, pontos a mais, aponta.
“Por piada quase posso dizer que sou o pai da candidatura do André Villas-Boas porque, por um lado, sinto que que abri esse caminho ao candidatar-me há quatro anos, que quebrei essa barreira psicológica de não se poder defrontar Pinto da Costa e, por outro lado, o discurso de ontem de André Villas-Boas, que foi um bom discurso, foi quase um decalcar do programa da minha candidatura.”
Rejeitando estar com isto a colocar-se “em bico de pés”, José Fernando Rio dá como exemplos a propostas defendidas pelo opositor que compara com ideias que ele próprio defendeu nas últimas eleições, como “a necessidade de construir a academia”, que está “oito anos atrasada”, e de “implementar o futebol feminino e o futsal”, que são, diz, "duas modalidades que estão na moda”. “O FC Porto tem que estar presente nestas modalidades e noutras”, reforça.
