"Não se desculpem, sorriam." Com uma vida ligada ao futebol, Eriksson revolucionou a forma de treinar em Portugal
O antigo treinador sueco morreu esta segunda-feira aos 76 anos
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Sven-Göran Eriksson treinou em dez países diferentes. Suécia, Portugal, Itália, Inglaterra, México, Costa do Marfim, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, China e Filipinas. Teve uma carreira de quase cinquenta anos ligada ao futebol.
Em Portugal, teve duas passagens - as duas pelo Benfica. A primeira no início dos anos 80, durante duas temporadas, e a segunda no início dos anos 90, por três temporadas. Conquistou três vezes o campeonato português, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira. Mas, mais do que isso, para muitos, revolucionou a forma de treinar em Portugal.
Em Itália, teve também imenso sucesso, devolvendo os títulos à Lazio. Ganhou a Série A italiana e foi apelidado de Ice-Man (homem-gelo). No Gotemburgo, na Suécia, um dos primeiros clubes da carreira, chegou a ganhar uma Taça UEFA.
Erikson fez também carreira nas seleções. Além de Filipinas, México e Costa do Marfim, treinou Inglaterra durante seis anos. Pegou na seleção inglesa no Campeonato do Mundo de 2002 e tornou-se até o primeiro treinador estrangeiro a assumir o comando dos britânicos.
A 11 de janeiro deste ano, Eriksson anunciou que tinha um cancro em fase terminal e, nos últimos meses, dedicou tempo para estar com a família, na Suécia, terra onde nasceu. Até gravou um documentário, lançado há poucos dias, na plataforma de streaming Prime Vídeo e, numa frase de despedida, diz: "Espero que se lembrem de mim como uma pessoa positiva, a tentar fazer tudo o que podia. Não se desculpem, sorriam."