"Não vai ser fácil voltarmos a ver tão cedo a Luz, Alvalade ou Dragão com 50 mil nas bancadas"
Como treinam e o que fazem os as personalidades da alta competição durante este período de isolamento social. Diariamente, na TSF, a situação no país e no desporto, do ponto de vista de um atleta, treinador, dirigente ou árbitro.
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Na Arábia Saudita a cumprir a segunda época ao comando do Al Nassr, Rui Vitória não mostra otimismo quanto ao regresso "normal" das competições. Em entrevista à TSF, o treinador português conta como está a viver estes dias, relatando ainda a situação árabe.
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"Não vai ser fácil vermos um Estádio da Luz, de Alvalade ou do Dragão com 50 mil espectadores lá dentro. Alguma coisa vai ter de ser feita, acredito que as coisas regressem à normalidade mas não vai ser fácil", começa por dizer Rui Vitória em entrevista à TSF. "Vejo o regresso dos campeonatos com alguma reserva mas é fundamental que tenhamos paciência porque é importante competir nas melhores condições de segurança", enfatiza o treinador.
Quanto à realidade que vive na Arábia Saudita, Rui Vitória desconfia dos números reais mostrados pelas autoridades do país: "é um país muito grande, com muitas nacionalidades, não sei se há um controlo total de toda a população que existe na Arábia Saudita e, por isso, não temos a certeza se os números são na realidade aqueles que nos mostram. Mas, daquilo que sabemos, parece-me que as coisas estão controladas, as autoridades foram muito rápidas a atuar no início da pandemia e sentimo-nos seguros. É um país com condições financeiras, acua rapidamente, por isso sentimo-nos em segurança.
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Quando o campeonato Árabe foi interrompido, o Al Nassr de Rui Vitória ocupava o segundo lugar da tabela classificativa a 6 pontos do Al Hilal (antiga equipa de Jorge Jesus): "estou confiante que o campeonato actual vai ser concluído. Eles apontam para que retome em agosto".
Nesta entrevista à TSF a partir da arábia, Rui Vitória conta que aproveita o tempo para estar com a família, por as séries de televisão em dia e não esquece o trabalho: "há sempre muita coisa a fazer". O treinador português deixa ainda um apelo aos portugueses para ficarem em casa porque "o que fizermos hoje terá reflexos amanhã".