"Negar-nos a braçadeira é negar-nos a voz." Jogadores alemães tapam a boca em protesto
O capitão dos alemães, Manuel Neuer, tapou a faixa que refere "não à discriminação" por baixo da camisola, após ser proibido de usar a braçadeira de capitão de apoio à comunidade LGBTQI+.
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Antes do apito inicial do jogo entre a Alemanha e o Japão, esta quarta-feira, os jogadores alemães protagonizaram mais uma forma de protesto no Mundial 2022.
Desta vez, durante a habitual fotografia do onze inicial, os atletas taparam a boca. Nas redes sociais, a federação justificou o ato com a "vontade da sua voz ser ouvida" após ser negado o uso da braçadeira de capitão especial de apoio à comunidade LGBTQI+.
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"Não se trata de fazer uma declaração política - os direitos humanos não são negociáveis. Isso deveria ser garantido, mas ainda não é o caso, e é por isso que esta mensagem é tão importante para nós", pode ler-se no comunicado.
Durante a cerimónia de troca de galhardetes entre seleções, também foi percetível que o guarda-redes Manuel Neuer, nomeado o capitão dos alemães para a partida desta quarta-feira, tapou a braçadeira por baixo da sua camisola. Contudo, antes de começar o jogo, o fiscal de linha Zachari Zeegelaar correu para a baliza para verificar se o guardião a estava a usar, mas tratava-se da faixa "não à discriminação", aceite pela FIFA.
O jogador do Bayern de Munique e campeão do Mundo pela Alemanha, em 2014, também foi a jogo com umas chuteiras com as cores do arco-íris.
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Este é mais um episódio de protesto no Mundial 2022. Esta segunda-feira, o encontro que colocou frente a frente a Inglaterra e o Irão também contou com o apoio às manifestações contra o governo de Teerão.
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