Nélson Évora sagrou-se, no domingo campeão de Portugal no triplo salto, em Leiria, mas falhou a obtenção de mínimos para os Mundiais de atletismo de Moscovo, situação normal na época em que regressou à competição.
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«Já antes vinha dizendo que se não conseguisse - não que o descartasse - não seria um drama. O mais importante nesta época era conseguir regressar à competição sem dores e isso foi conseguido. Agora falta recuperar alguns aspetos técnicos que se perderam um pouco», disse o atleta no final da competição em Leiria.
No concurso do triplo salto e recuperado da lesão que o afastou por longo período, Nélson Évora entusiasmou o público com um salto de 16,41 metros à segunda tentativa, mas falhou os 16,85 necessários.
«Não há sentimento de deceção. Psicologicamente está tudo bem. O meu treinador fez tudo, agora sou eu que tenho de desbloquear, através de competições, e começar a ir a 'meetings' mais fracos, depois aos principais do circuito. Foi assim que ganhei forma no passado, é assim que vou ter de voltar a fazê-lo. Quando damos o nosso melhor não podemos ficar desiludidos», disse.
O triplo salto era uma das últimas esperanças de Portugal para aumentar o contingente de 13 atletas já apurados para os campeonatos de Moscovo.
Outro era Rasul Dabó, nos 110 metros barreiras, que ficou muito perto de garantir o mínimo.
O atleta do Benfica sagrou-se campeão de Portugal com 13,57 segundos, quando o mínimo requerido era 13,50.
«Há um bocado de frustração», assumiu Rasul Dabó, ainda assim feliz pelo conseguido na época: «Este ano os mínimos eram muito difíceis, mas mesmo assim treinei muito para conseguir. Mas saio satisfeito, porque melhorei o meu recorde pessoal. Mas fico um bocado frustrado».