Desportivo das Aves está com ordenados em atraso.
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Continuam por pagar os salários em atraso aos jogadores do Desportivo das Aves. Joaquim Evangelista, o presidente do Sindicato dos Jogadores, explica à TSF que a justificação apresentada pela SAD avense não é legitima.
A SAD é detida por um empresa composta, maioritariamente, por capitais chineses, e no último comunicado a direção da SAD do Desportivo das Aves diz que está a enfrentar problemas a nível financeiro por causa da pandemia do novo coronavírus, que afetou a economia chinesa.
Os jogadores do Desportivo das Aves ainda não receberam qualquer salário em 2020. O Sindicato de Jogadores revela que há atletas com dificuldades económicas no seu dia-a-dia. Em entrevista à TSF, Joaquim Evangelista, o presidente do Sindicato diz que o "argumento do Aves não é sério e legítimo, porque ninguém se pode aproveitar dessas situações difíceis para todos. A razão do pagamento não é essa, até porque o Desp. Aves é recorrente desta situação ao longo da época. Tem uma gestão danosa, irresponsável e criminosa. Quem se aproveita da crise e evoca a crise para deixar de honrar as suas obrigações, quando o mês de janeiro e fevereiro não teve nada a ver com esta situação, é o pior exemplo que pode dar à sociedade", vincou Joaquim Evangelista.
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Já sobre a possibilidade discutida em Espanha de redução de salários de jogadores, o presidente do sindicato garante que os atletas vão assumir a responsabilidade, depois de passada a crise, mas não o podem fazer sozinhos, até porque "têm dado sinais claros de como estão a enfrentar esta crise. Os jogadores continuam responsáveis e a cumprir os planos dados pelos clubes, e se houver que fazer cedências o jogadores não se vão colocar de fora, nunca o fizeram e não o vão fazer agora", salientou o presidente do sindicato.
Joaquim Evangelista diz ainda que é demasiado cedo para falar em medidas concretas, "porque tivemos receitas televisivas antecipadas, não houve quebra de receita nesse aspeto, não me parece que haja para já o alarme que alguns querem passar para beneficiar dessa crise. Isso é até inaceitável e falta de respeito para os restantes portugueses das demais atividades. O futebol tem que dar um sinal claro de responsabilidade e saber viver com o que temos e em relação ao cumprimento com as obrigações que temos que o fazer.
Nesta entrevista à TSF, Joaquim Evangelista apenas acredita que "se a situação se mantiver por muito mais tempo, admito que a situação fique severa e terá que se encontrar um ajustamento do negócio, mas terá que ser feito por todos e não somente à custa dos jogadores".
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Por isso, o presidente do Sindicato dos Jogadores lamenta que alguns dirigentes de clubes em Portugal se estejam a tentar aproveitar, nomeadamente em divisões inferiores, para corrigirem erros de gestão com os apoios da Federação e do Governo, "é preciso afastar essas pessoas do desporto".
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