A despedir-se do Brasil num Mundial que não imaginou "nem nos piores pesadelos", Marta vê um "começo
Jogadora de 37 anos fez o seu último Mundial e nele viu equipas que antes "tomavam sete, oito ou dez" golos fazerem frente "aos grandes": é um sinal de crescimento do futebol feminino, defende.
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A eliminação do Brasil do Mundial feminino de futebol ditou também o final da carreira como internacional canarinha de Marta, símbolo máximo da seleção brasileira. Com 37 anos, foi considerada a melhor jogadora de futebol do mundo por seis vezes e participou também em seis Mundiais, sendo que este, o seu último, ultrapassou tudo o que esperava.
O Brasil empatou esta manhã 0-0 com a Jamaica e acabou a fase de grupos no terceiro lugar: "É difícil falar num momento destes. Não era, nem nos meus piores pesadelos, a copa com que eu sonhava", admitia a jogadora pouco depois do apito final, já de lágrimas nos olhos para a despedida.
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Só que, neste que foi um momento de despedida, a número 10 do Brasil vê também um momento de renovação, "um começo", em especial pelos desempenhos de algumas das equipas nacionais.
"Vemos aqui seleções que vinham para a Copa do Mundo e tomavam sete, oito, dez [golos] e estão jogando de igual com os grandes. Isso mostra que o futebol feminino vem crescendo, isso mostra que o futebol feminino é um produto que dá lucro, que dá prazer de assistir", realçou a jogadora, que pede apoio continuado às atletas.
Para já, "a Marta acaba por aqui, não há mais Copa para a Marta", assinalou a própria, "muito grata pela oportunidade" que teve de jogar esta, mas também "muito contente com tudo isto que vem acontecendo no futebol feminino do nosso Brasil e do mundo".
"Para elas é só o começo, para mim é o fim da linha agora. Obrigado", rematou.