Nove praticantes de caiaque arrastados do rio Ave para o mar, cinco levados ao hospital "por precaução"
A capitão do Porto da Póvoa do Varzim explicou à TSF que os atletas do Clube Fluvial Vilacondense já estão todos a salvo depois de se terem aproximado "demasiado da foz" e os caiaques terem começado "a virar" ao entrar na zona de rebentação do mar.
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Um grupo de nove atletas de caiaque com idades compreendidas entre os 15 e os 48 anos foi arrastado para o mar enquanto praticava no rio Ave, em Vila do Conde, tendo cinco destes sido transportados para hospitais depois de todos estarem a salvo, confirmou a TSF junto da capitão do Porto da Póvoa do Varzim, Mónica Martins.
Dois dos atletas foram levados para o Hospital de São João, no Porto, dois seguiram para o Hospital da Póvoa de Varzim e um último para o Hospital Pedro Hispano, "todos com ferimentos ligeiros", explicou à TSF a capitão, acrescentando que "estamos a falar de uma luxação no ombro e hipotermia, mas estão todos a recuperar e foram para o hospital por precaução".
O alerta inicial, dado por volta das 10h45, apontava para surfistas "em perigo e com dificuldade em regressar a terra na foz do rio Ave", mas mais tarde percebeu-se que "eram atletas do Clube Fluvial Vilacondense que estavam a praticar caiaque" e que, "tendo-se aproximado demasiado da foz, foram arrastados pela corrente e, ao entrarem na zona de rebentação, os caiaques começaram a virar".
O grupo de pessoas na água era inicialmente de apenas oito, mas um nono elemento que estava em terra, "ao ver os apuros, foi à água tentar ajudar".
Dois dos elementos do grupo saíram da água "pelo próprio pé" na Praia da Azurara "por terem sido arrastados para lá", o mesmo local em que outros dois atletas "tiveram necessidade de apoio" dos nadadores-salvadores e depois dos bombeiros.
Outros dois atletas saíram da água "junto da estação salva-vidas de Vila do Conde, ao pé da capela de Nossa Senhora da Guia, e foram aí assistidos", e os últimos três "chegaram a terra pelo próprio pé e foram ter ao Clube Fluvial Vilacondense".
A operação de resgate contou com a participação do comando local da Polícia Marítima de Vila do Conde, de quatro elementos da Associação de Nadadores Salvadores da Póvoa de Varzim e Vila do Conde - Os Golfinhos, dos bombeiros voluntários de Vila do Conde - com cinco viaturas e nove efetivos -, do INEM, com três viaturas, da Polícia Municipal e da Polícia de Segurança Pública.
O patrão salva-vidas Cego do Maio foi também colocado em prontidão, mas não teve de largar.
O distrito do Porto está este domingo sob aviso amarelo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera desde as 6h00 devido à agitação marítima, esperando-se ondas com quatro a cinco metros de altura.
Este aviso deve subir para o nível laranja a partir das 6h00 desta segunda-feira, sendo esperadas ondas com cinco a seis metros de altura, podendo chegar aos 11.
