É vasta e ambiciosa a seleção nacional em duas rodas da 39.ª edição do Dakar.
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É vasta e ambiciosa, nas motos, a representação portuguesa na 39.ª edição do Dakar. Após o 2.º lugar conquistado por Paulo Gonçalves e Ruben Faria, ausente este ano, e do duplo pódio consecutivo (3.º lugar) de Hélder Rodrigues, 2017 pode ser o ano de um triunfo luso na mítica prova.
HÉLDER RODRIGUES (Yamaha WR 450 Rallye)
11.ª participação
Palmarés: 3.º lugar ( 2011 e 2012; 4.º (2010); 5.º (2007, 2009, 2014 e 2016); 7.º (2013); 9.º (2006); 12.º (2015
Vitórias em etapas: 8
Com o estatuto de piloto nº 1 da Yamaha, Hélder Rodrigues, que chegou ao final nas 10 participações na prova e só uma fora do top 10, conta coma moto melhorada a nível de capacidade do tanque de combustível e do sistema de refrigeração do motor.
Um lugar no pódio é o objetivo do piloto de Almargem do Bispo, que vai utilizar um capacete decorado por um dos fãs.
PAULO GONÇALVES (Honda CFR 450 Rally)
11.ª participação
Palmarés: 2.º lugar (2015); 10.º (2009 e 2013); 23.º (2007); 25.º lugar (2006); 26.º (2012); desistências (2010, etapa 6; 2011, etapa 8; 2014, etapa 5; 2016, etapa 11)
Otimista por natureza, Paulo Gonçalves sacode a pressão que pesa sobre os seus ombros, ou não fosse um dos favoritos ao triunfo. Ao longo de 2016, o piloto de Esposende, intrépido lutador, participou apenas em três provas - Argentina, Chile e Marrocos - uma vez que a Honda optou por realizar grande número de testes.
JOAQUIM RODRIGUES (450 Rally Hero Speedbrain)
Estreante
Piloto consagrado do supercrosse e do motocrosse, Joaquim Rodrigues dispõe de uma moto de fábrica e conta com o apoio do gigante indiano Hero, que produziu seis milhões de unidades e está presente em 30 países.
Os resultados alcançados no Merzouga Rali (9.º lugar) e no Rali de Marrocos (15.º),perante forte concorrência, foram muito animadores, mas terminar e mostrar a hero é o objetivo.
MÁRIO PATRÃO (KTM 450 Rally)
5.ª participação
Palmarés: 13.º lugar e vencedor da classe Maratona (2016); 30.º (2013); 36.º (20154); desistência (2015)
Detentor de 20 títulos nacionais de enduro e de todo-o-terreno, Mário Patrão não teve uma época fácil; pelo contrário. Na prova de Reguengos de Monsaraz, no início da temporada, caiu e fraturou a perna direita. Esteve cinco meses retirado das competições e regressou no Rali de Marrocos. Por isso, o piloto de Paranhos da Beira (Seia) promete dar o melhor e ver como correrá o dia a dia.
GONÇALO REIS (KTM 450 Rally)
Estreante
O sonho tornou-se um projeto para Gonçalo Reis: em maio, após falar com o pai, tomoua decisão de arriscar, o que não foi fácil.
Após a conquista de vários títulos nacionais e no ISDE, o 10.º lugar no Merzouga Rali foi moralizador e espera terminar o Dakar no melhor lugar possível, sem cometer erros, nem sofrer penalizações.
PEDRO BIANCHI PRATA (Honda CFR 450 Rally)
9.ª participação
Entre avanços e recuos, Pedro Bianchi Prata lá conseguiu, in extremis, confirmar presença.
«Julguei que estava de fora do Dakar, mas surgiu um telefonema a dar conta da oportunidade para pilotar uma Honda CRF 450 Rally com a assistência da Honda Sul América MEC Team, como piloto privado. É uma oportunidade única com que qualquer piloto sonha», confessou o piloto nortenho, que já leva 25 anos de corridas.
O sonho de um lugar no top 20, após oito participações sem desistir, pode agora ser concretizado, embora a tarefa se afigure difícil.
RUI OLIVEIRA (YAMAHA WR450F)
2.ª participação
Palmarés: 53.º lugar (2011)
Seis anos depois, Rui Oliveira está de regresso ao Dakar e pode ser uma das boas surpresas da prova. Depois de um projeto abortado o ano passado, o vimaranense espera desta feita terminar melhor classificado, embora relembre que «no Dakar tudo é possível».
LUÍS PORTELA DE MORAIS (KTM 450 Rally)
Estreante
Desportista nato, pratica golfe, surf, esqui aquático e padel, mas as paixões são outras : rugby e motos. No desporto da bola oval, é praticante de eleição no campeão GD Direito e na seleção nacional; nas motos, dá continuidade, desde muito novo, à tradição familiar.
O 7.º lugar na última Baja Portalegre 500 não faz Luís Portela de Morais embandeirar em arco: terminar é a meta. Nem mais, nem menos.
FAUSTO MOTA (Yamaha WR450F)
2.ª participação
Palmarés: 54.º lugar (2011)
Com vários títulos de enduro e todo-o-terreno no palmarés, Fausto Mota regressa à mítica prova, integrada na estrutura da CNR Competição para tentar alcançar melhor resultado.
DAVID MEGRE (KTM 450 Rally)
Estreante
Especialista em enduro, David Megre participou, esta temporada, em provas no Qatar e na Sardenha antes de alinhar no Merzouga Rali.
«Sendo o meu primeiro Dakar, o objetivo é aprender e tentar terminar, embora a equipa gostasse de um lugar no top 25», adiantou o piloto de Coruche.
FERNANDO SOUSA Jr. (KTM 450 Rally Replica)
Estreante
É caso para dizer: tal pai, tal filho! Piloto de enduro, Fernando Sousa Jr. segue as pisadas do pai, que participou no Dakar em 2010.
Sete anos volvidos, o filho estreia-se na prova, após ter terminado em 49.º lugar o Merzouga.
Terminar e, se possível, no top 30, é o objetivo para uma prova que Fernando Sousa Jr. classifica numa só palavra: «sonho».