Rafa Márquez cumpriu, no sábado passado, no primeiro jogo do México no Mundial 2018, frente à Alemanha (vitória do México por 1-0 ), a sua 5.ª presença em fases finais de um Campeonato do Mundo.
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O defesa internacional mexicano, Rafa Márquez, está a protagonizar umas das histórias mais insólitas do Mundial da Rússia. O jogador que conta com 19 golos em 147 jogos pelos 'aztecas' está a treinar de forma diferente dos restantes companheiros. O futebolista de 39 anos apresenta-se nos treinos com uma camisola lisa, sem nenhuma publicidade, ao contrário dos outros colegas.
Outras das condicionantes que afetam Rafa Márquez é não poder consumir a mesma bebida energética que os colegas bebem (Powerade), não poder aparecer nas entrevistas rápidas ou mesmo vencer o prémio de melhor jogador em campo (prémio atribuído pela marca de cerveja norte-americana 'Budweiser').
A razão tem a ver com o facto do capitão mexicano estar na lista negra dos Estados Unidos da América , devido à sua alegada relação com o narcotraficante Raúl Flores Hernadéz, apesar de o mesmo ter negado qualquer envolvimento .
Rafa Márquez foi um dos 22 mexicanos sancionados, em agosto do ano passado, pelo Departamento das Finanças dos Estados Unidos da América, por ligações a atividades dirigidas pelo traficante de droga, Raúl Flores Hernadéz.
Visto que algumas das marcas que patrocinam a seleção mexicana são norte-americanas, estas pediram à Federação Mexicana de Futebol para que o jogador em causa não estivesse associado diretamente às mesmas, daí o jogador ter de cumprir todas estas ordens.
Segundo o jornal norte-americano The New York Times , no final do jogo contra a Alemanha, a FIFA terá avisado os responsáveis pela transmissão televisiva para que o jogador não fosse filmado ou entrevistado, alterando mais tarde a decisão, mas Rafa nunca pode falar à frente dos cartazes publicitários com os logótipos das marcas norte-americanas VISA, Coca-Cola, Budweiser ou McDonald's, que são quatro dos principais 'sponsors' do Mundial FIFA 2018, que decorre na Rússia até 15 de julho.
A FIFA também tomou medidas para precaver um possível contacto entre Rafa Márquez e qualquer um dos seus funcionários norte-americanos. Por exemplo, se o mexicano estiver presente em alguma conferência de imprensa organizada pela FIFA, o moderador nunca poderá ser norte-americano.