O aborrecimento de um presidente perante um jogo de futebol, a mão na bola de Tonel, o cerco internacional a jogadores de equipas portuguesas e a "guerra" entre Benfica e Sporting são temas em destaque na revista de imprensa desta quarta-feira.
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Esta quarta-feira muito se escreve sobre a guerra, assim lhe chamam os jornais, entre o Benfica e o Sporting, com "comunicado cá, comunicado lá", desentendimentos que aquecem a Segunda Circular.
Em Alvalade, o Record garante que Teo Gutiérrez vai escapar à operação. A pubalgia que afeta o colombiano vai ser resolvida com o devido tratamento mas impede que ele jogue com o Marítimo no próximo sábado e também com o Besiktas.
Ainda no Sporting, o jornal O Jogo anuncia que o clube anda a conversar com o AFC Bournemouth de Inglaterra sobre a possibilidade da transferência a título definitivo de Carlos Mané. O Sporting pede entre 8 a 9 milhões de euros.
Do outro lado da Segunda Circular, O Jogo dá conta de uma "vigilância apertada" do Valência a Gonçalo Guedes, um cerco que tem o apoio do empresário do jogador, Jorge Mendes.
Para já, esta é a estratégia do clube espanhol que tenciona "fazer um ataque mais feroz no final da época".
No Belenenses, união em defesa de Tonel depois da mão da bola e do penálti que deu a vitória ao Sporting e de muitos comentários feitos sobre uma alegada intencionalidade de Tonel.
O jogador defendeu-se ontem no Twitter, o treinador Ricardo Sá Pinto também o defendeu e elogiou a dignidade de Tonel. Ainda no Restelo, o presidente da SAD, Rui Pedro Soares, sentiu necessidade de falar e citou Freud para dizer que "quando Pedro fala de Paulo, ficamos a saber mais de Pedro". E acrescentou que "aqueles que falam em corrupção neste caso só o fazem porque vivem num mundo de corrupção".
Chama-se Mohamed Abdelaziz. É o presidente da Mauritânia. Conta-se que terá sido por ordem dele que o jogo da Supertaça do país no último sábado acabou aos 63 minutos e foi resolvido nos penaltis.
Várias fontes citadas pela imprensa na Mauritânia dizem que o chefe de Estado estava aborrecido com o ritmo do jogo, entre o muito lento e o parado, e decidiu arrumar o assunto o mais rápido possível. O jogo que estava empatado a um golo foi para os penáltis e nos registos fica a vitória do FC Tevragh-Zeina.
Os jornais O Jogo e o Record escrevem que os adeptos não ficaram apenas de boca aberta, ficaram também enfurecidos. A federação de futebol da Mauritânia desmentiu a história mas não explicou em concreto as razões para acabar o encontro antes do tempo. Adiantou apenas que a cerimónia, que incluía a entrega de medalhas e troféus, teria de ser feita com luz natural e que o presidente tinha outros compromissos em agenda.
A federação da Mauritânia não corre o risco de sofrer sanções internacionais porque a Supertaça não é uma competição oficial, foi criada apenas para fomentar o futebol. Desde que seja à luz do dia e sem aborrecimento presidencial.