O antigo jogador de Sporting e Benfica tece duras críticas ao atual técnico dos leões e antevê o dérbi deste sábado.
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António Pacheco, antigo jogador de Sporting e Benfica, diz que Jorge Jesus "quis dar uma de coitadinho" e que não foi "empurrado do Benfica". O ex-jogador envergou a camisola do Benfica por seis épocas, entre 1988 e 1993 antes de se mudar para o Sporting. Pelos leões, fez 35 jogos, entre 1993 e 1995. Pelas duas equipas, participou em 13 dérbis, nos quais marcou dois golos.
No verão de 2015, Jorge Jesus trocou o banco do Benfica pelo do Sporting. No que diz respeito a esse episódio, Pacheco diz que Jorge Jesus "quis dar uma de coitadinho", ao dizer que foi "empurrado do Benfica".
"Tentou inverter e virar toda a gente contra o Benfica no ano passado, foi mal-sucedido. Este ano, por incapacidade própria, dele e dos seus jogadores, viu-se afastado da luta pelo título, torna a colocar as culpas nos outros. É um tipo de treinador que funciona assim. Se continuar assim, o futuro não será brilhante para ele, apesar de todos nós sabermos que, como treinador, tem bastantes condições para estar sempre envolvido em clubes que lutam por objetivos maiores", diz o ex-jogador.
Na antevisão do dérbi deste sábado, o ex-jogador pensa que "o favoritismo está repartido". Se por um lado o Sporting pode ser favorito "pelo facto de jogar em casa", também o Benfica pode beneficiar do facto de "estar por cima na tabela classificativa".
"Este dérbi está inserido num pack, que são estes últimos cinco jogos", comenta o antigo atleta. No que diz respeito ao Benfica, "só através da sua forma de jogar e da própria identidade" estará mais perto da vitória. Já ao Sporting, "compete jogar para ganhar o jogo", além de que a rivalidade entre os dois clubes faz com que "a vontade seja mais vincada".
No momento de recordar os tempos em que representou águias e leões, Pacheco relembra a época em que se mudou da Luz para Alvalade. "Qualquer adepto de um clube não gosta de ver partir os seus jogadores para um clube rival. Isso aconteceu comigo", recorda. Quando pisou o relvado da Luz, "onde estava habituado a ser aplaudido", com a camisola do Sporting, passou a ser "não tão bem recebido".