Como Benfica e FC Porto marcam e sofrem golos no presente campeonato.
Corpo do artigo
Com base nos dados que recolhemos todas as semanas nos encontros de campeonato de Benfica e FC Porto identificamos algumas das principais características dos dois conjuntos, a partir da forma como marcam e sofrem golos. É possível afirmar que Benfica e FC Porto são equipas bastante parecidas quando defendem, mas muito diferentes quando atacam.
Pelo menos ao nível do campeonato, estes são conjuntos cuja principal preocupação é não se desequilibrarem defensivamente. E fazem-no com grande sucesso. Por isso mesmo, sofreram até aqui poucos golos (12 os portistas e 13 os encarnados, num total de 26 jornadas) e apenas um cada um na sequência de ataques rápidos ou contra-ataques dos oponentes.
Por outro lado, sofrerem sensivelmente metade dos golos em lances de bola parada (seis cada), com a defesa do Benfica a denotar maiores dificuldades no jogo aéreo (consentiu oito tentos de cabeça num total de 13), contra três golos deste tipo sofridos pelo Porto.
Já em termos ofensivos, os encarnados apresentam uma maior variedade de soluções para chegar ao golo: marcaram 22 vezes através de ataques organizados, 20 após ataques rápidos ou contra-ataques e 14 na sequência de bolas paradas, apesar de já não faturarem desta última forma há oito jornadas, desde a primeira ronda da segunda volta.
Os azuis e brancos têm mais um golo de bola parada (15), mas estão longe do rival na capacidade de utilizar as armas do ataque rápido e do contra-ataque, não passando dos 11 golos assim obtidos, embora tenham melhorado muito neste aspeto durante o campeonato (dois golos na primeira volta, sete na segunda).
Finalmente, há uma outra enorme diferença nos caminhos usados pelos dois rivais para chegar ao golo. O Benfica tem mais tentos apontados após jogadas pelo eixo central (um total de 25, número que supera claramente os 17 obtidos a partir de movimentações pelos flancos, enquanto o FC Porto marca mais golos com origem nos corredores laterais (24), destacando-se o bom aproveitamento do lado esquerdo do ataque, com 15 golos aí construídos.