A atleta portuguesa tornou-se este sábado vice-campeã europeia no triplo salto nos Campeonatos da Europa de pista coberta que decorrem em Belgrado.
Corpo do artigo
Patrícia Mamona chegou a liderar a prova mas acabou por perder o ouro para a alemã Kristin Gierish. A atleta do Sporting começou o concurso com um salto de 14,24 metros. No segundo ensaio, melhorou a marca em um centímetro.
A atleta voltou a melhorar no terceiro ensaio com 14,29 metros e, depois de um nulo, saltou para a prata com 14, 32 metros. O último salto foi o pior, com 14,01 metros.
838087132740726784
Kristin Gierish saltou 14,37 metros, a melhor marca europeia do ano.
838088079978151942
Susana Costa, a outra portuguesa em competição no triplo salto, terminou no sétimo lugar, com um novo máximo pessoal - 13,99 metros.
Uma atleta para as grandes competições
A marca que obteve este sábado é o melhor registo do ano da atleta lusa, bem perto do seu recorde nacional indoor, que tem três anos, o que promete de novo uma excelente época para a atleta, de 28 anos mas já com um ótimo palmarés.
Campeã europeia absoluta no ano passado, e vice-campeã em 2012, Mamona foi finalista olímpica no Rio2016 (sexto lugar, com um grande recorde nacional a 14,65).
Ainda sub-23, fora segunda nas Universíadas e campeã universitária nos Estados Unidos, em 2011, quando estudou ciências médicas na universidade de Clemson, Carolina do Sul.
Os bons resultados no atletismo deixaram "congelado" o projeto universitário de Medicina e na última meia dúzia de anos os progressos têm sido espantosos, apossando-se dos recordes nacionais tanto absoluto como em pista coberta por larga margem.
Filha de pais angolanos, Patrícia Mbengani Bravo Mamona nasceu a 21 de novembro de 1988 em Lisboa e viveu até adolescente no Cacém, nos arredores da capital portuguesa. Foi lá que foi descoberta pelo treinador José Uva, então ligado ao JOMA, de Monte Abraão, que viu nela uma atleta completa, capaz mesmo de excelentes resultados nas provas combinadas.
Entrou para o JOMA em 2001, com 12 anos, e logo no ano seguinte começou a somar triunfos no Olímpico Jovem, lançando-se para uma série de sucessos que não parou. Depois da passagem pelos Estados Unidos, é atleta do Sporting e um dos esteios do clube, tendo este ano competido tanto no triplo como no comprimento.
No seu palmarés ainda faltava um pódio de uma grande competição em pista coberta. Tinha como melhor o quarto lugar no Mundial de 2014, mas a hora estava marcada para hoje, na capital da Sérvia.