Pichardo com "cansaço extremo" não apareceu com a restante comitiva no regresso a Portugal
Em declarações aos jornalistas, o diretor desportivo da Federação Portuguesa de Atletismo, Luís Pereira, negou que exista um mal-estar entre o campeão do mundo e os colegas de seleção.
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Pedro Pablo Pichardo, recém-consagrado campeão mundial de Triplo Salto no Campeonato do Mundo de Atletismo, não apareceu com a restante comitiva que representou Portugal na competição que se realizou em Eugene, nos EUA. Na zona de chegadas do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o atleta "fintou" os jornalistas.
Depois de a assessoria de comunicação da Federação Portuguesa de Atletismo não ter dado qualquer justificação para a ausência do saltador, o diretor desportivo da organização, Luís Pereira, justificou que Pichardo estava com um "cansaço extremo de alguém que viveu dias muito intensos".
Em declarações aos jornalistas, o diretor negou que exista um mal-estar entre o campeão do mundo e os colegas de seleção. Luís Pereira fala de um convívio constante entre o atleta com a restante comitiva.
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"Estiveram sempre com ele em todo o processo que foi a receção da medalha, fomos conversando, houve várias reuniões da comitiva, foi também já divulgada uma fotografia de grupo, onde também estivemos todos juntos, nesse dia, e posso confidenciar que estivemos cerca de 45 minutos à conversa, por isso, não há qualquer tipo de mal-estar", explicou.
Para mais tarde, ficou prometida disponibilidade do saltador "para falar às pessoas" sobre a mais recente conquista.
O português Pedro Pablo Pichardo conquistou o título de campeão do mundo do triplo salto, em Eugene, nos Estados Unidos, ao voar 17,95 metros, na sua primeira tentativa.
Pedro Pablo Pichardo juntou o título de campeão do mundo à medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, em 5 de agosto de 2021, com 17,95 metros alcançados no primeiro salto, naquela que foi a melhor marca mundial do ano, seguindo-se 17,92, a segunda de 2022, 17,57, num concurso em que abdicou da quarta tentativa e terminou com 17,51, depois de um nulo.
O português, de 29 anos, impôs-se a Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, medalha de bronze em Tóquio2020 e nos Mundiais Doha2019, e ao chinês Yaming Zhu, prata nos últimos Jogos Olímpicos, que, com 17,55 e 17,31, ambos com as suas melhores marcas do ano, terminaram na segunda e terceira posições, respetivamente.